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sábado, 30 de julho de 2011

O silêncio, as estrelas e todos os caminhos...

Pra que escrever se o Lenine já canta? - e tão linda e perfeitamente!
Sobre o Silêncio das Estrellas...


Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal

E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?

Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, feito estrelas que brilham em paz, em paz...


E sobre Todos os Caminhos...



Eu já me perguntei
Se o tempo poderá
Realizar meus sonhos e desejos
Será que eu já não sei
Por onde procurar
Ou todos os caminhos dão no mesmo
E o certo é que eu não sei o que virá
Só posso te pedir que nunca
Se leve tão a sério, nunca
Se deixe levar, que a vida
É parte do mistério
É tanta coisa pra se desvendar

Por tudo que eu andei
E o tanto que faltar
Não dá pra se prever nem o futuro
O escuro que se vê
Quem sabe pode iluminar
Os corações perdidos sobre o muro
E o certo que eu não sei o que virá
Só posso te pedir que nunca
Se leve tão a sério, nunca
Se deixe levar que a vida
A nossa vida passa
E não há tempo pra desperdiçar.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Por que será…

que gosto de estar na Terra cada vez mais?


Não sei precisar com exatidão, mas me pergunto:

Em que outro lugar poderia ouvir música boa, com tantos detalhes, arranjos, melodias, com letras que nos tocam tanto? Em que outro lugar poderia dançar danças tão gostosas? Onde mais poderia ter o prazer divino de estar só ou então o divino prazer de estar com os amigos?

Onde mais teria o prazer de sentir um ventinho refrescante quando calor, ou o calorzinho do sol quando frio? O prazer de ouvir a chuva cair acompanhada da festa que a alegria dos pássaros faz... e do exuberante que ficam as plantas molhadas! Do prazer de sentir a maresia e do mergulhar nas águas, pisar a terra... de colher uma fruta qualquer ou uma flor, do detalhe especial que dão as estrelas, ou a lua... do ser capturado por uma imagem! ou um momento...

Do gostar, do compartilhar, do vibrar junto. Do querer, do conquistar, do se encantar... Do olhar, do cuidar, do dengar. Do curtir muito cada detalhe! Do dormir mais 5 minutos...

Do descobrir, entender, aprender. Do se identificar com uma dor, um sentimento ou um desejo. Do se perder no que faz aquele bem... incomensurável!

Do fascinante que é uma pessoa quando nos dispomos a conhecê-la de verdade! De como cada qual aprende e reage a sua forma às durezas da vida... e aprende a tirar algo de bom dela. Do lutar junto. Do abraçar, do matar a saudade!

Tem muitas outras coisas, mas só essas já são mais do que suficientes para querer acima de tudo cuidar muito bem desta Terra e de cada parte sua (incluindo-nos)! Assim como de procurar cuidar da vida, nos alimentando e nutrindo de coisas boas! :)

Como canta perfeitamente o Lenine:

Sete Artes e dez mandamentos
Só têm aqui
Cinco sentidos, terra, mar, firmamento
Só têm aqui
Essa coisa de riso e de festa
Só tem aqui
Baticum, ziriguidum, dois mil e um
Só tem aqui

E como complementa mais que perfeitamente a Zélia Duncan:

E é tão bom não ser divina
Me cobrir de humanidade me fascina
E me aproxima do céu
E eu gosto de estar na terra cada vez mais

Estou de pleno acordo com ambos! E o prazer de ouvi-los é supremo! :)

Aliás, em que planeta tem solstício e eclipse como hoje? É tudo tão perfeito...

Faz sentido o que digo? Não estou dizendo que não há problemas, claro que há e são muitos. E por isso, inclusive, de tédio nunca poderemos reclamar: sempre haverá trabalho (que não precisa ser tortura, mas empenho por desejo) para manter, multiplicar e compartilhar todas as coisas boas que temos!

A vida não é nem de longe só isso que nos acostumamos a fazer todos os dias!

Bóra desfrutar, aproveitar e melhorar o que não tá bom? Que tal? Quem vem comigo? ´:)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Alzira e a Torre – Me deixa em paz

Faz dias que estou querendo postar algo novo, mas o tempo sempre passa tão rápido! E para completar meu estado de espírito vai variando e quando vou escrever uma coisa já estou outra!

Acho que já disse o quanto música é algo essencial para mim, não? E sempre há ao menos uma que espelha o momento que estamos vivendo!

Gosto muito da versão da música que coloco abaixo com o Lenine e o D2, apesar de que antes, não gostava tanto da música em si, digo, a letra não fazia muito sentido pra mim, mas hoje, não só faz sentido como às vezes me identifico muito com a Alzira!

Coincidentemente, a Torre é como chamo o lugar da SubLapa que mais gosto de ir (para fugir, respirar, olhar a vista, pensar na vida...) mas que deixei abandonado nos últimos tempos – o que não pretendo mais fazer!

E Me Deixa em Paz é um clássico que é impossível ouvir sem lembrar do último conquistador barato que ganhou meu coraçãozinho tosco e pobre – por conta do qual já passei algumas vezes pela identificação, não só com a letra da música, mas também e especialmente com a forma com que o Lenine canta essa parte! Ah, sim: desta vez acredito mesmo que seja a última, pelo menos desse caso específico, porque livre de se encantar e iludir, ninguém está!

Bom, divido aqui com vocês o que graças à internet está aí para todos! :)




Alzira e a Torre

Composição: Lula Queiroga / Lenine

Alzira bebendo vodka defronte da Torre Malakof
Descobre que o chão do Recife afunda um milímetro a cada gole
Alzira na Rua do Hospício, no meio do asfalto, fez um jardim
Em que paraíso distante, Alzira, ela espera por mim?
Em que paraíso distante, Alzira, ela espera por mim?

(Hei hei hei)

Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)

Alzira virada pra Lua, rezando na igreja de são ninguém
Se o mundo for só de mentira, só ela acredita que existe além
Que existe outra natureza que venha ocupar o lugar do fim
Em que paraíso distante, Alzira, ela espera por mim?
Em que paraíso distante, Alzira, ela espera por mim?

(Hei hei hei)

Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô, Alzira Ô, Alzira Ô, Alzira Ô...

É, Alzira zerou seu futuro se escondeu no escuro do furacão
Se a gente vê só alegria só ela antevia a revolução
O mar derrubando o dique, invadindo a cidade enfim
Em que paraíso distante, Alzira, ela espera por mim?
Em que paraíso distante, Alzira, ela espera por mim?

(Hei hei hei)

Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô (Alzira Ô)
Alzira Ô, Alzira Ô...

Me Deixa Em Paz

Composição: Monsueto / Aírton Amorim

Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Se você não me queria
Não devia me procurar
Não devia me iludir
Nem deixar eu me apaixonar
Evitar esse amor
É impossível
Evitar a dor
É muito mais
Você arruinou a minha vida
Me deixa em paz

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

É o que me interessa

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego, atraso o meu relógio
Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussure em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

(Lenine)

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lenine e o suicídio


Podemos dividir as pessoas em não suicidas e potenciais suicidas? Tenho a nítida impressão de que sim. As vezes que me atrevi a tocar no assunto as reações foram ou um espanto absurdo de quem nunca pensou nem haveria de pensar nisso, ou uma naturalidade impressionante, como uma familiaridade com a questão. Ou seja, enquanto uns aparentemente nem se quer cogitam a idéia, outros não só já cogitaram como já tentaram. Claro que é algo que não se assume assim em qualquer ambiente ou sem certo constrangimento que talvez venha justamente da reação das pessoas que não compreendem e tratam o "rico suicida" como um "pobre coitado"!


Lembro que tinha o plano de escrever um livro sobre as razões para morrer (não consigo lembrar qual seria o nome, era tão perfeito, que droga de memória!), afinal de contas, como o meu senso de responsabilidade não me permitiria cometer loucura tão desejada sem dar uma explicação mínima às pessoas que me amam e que eu amo (e claro, aproveitar para passar o recado para as não tão amadas assim), o registro se faz necessário, apesar de que as razões são tantas que dificilmente poderei terminar um dia, até porque nem sei se terei tempo de começar. De qualquer forma é um projeto que talvez aos poucos comece, e por favor, se for por aqui, não se assustem!




E o que o Lenine tem haver com o suicídio? É que a junção das melodias, instrumentos, letras e a voz dessa pessoa se resumem para mim como algo que faz a vida valer à pena. Escrevendo assim parece tão pouco, mas para mim não é. Não mesmo. E hoje quero registrar aqui uma boa razão para viver: OUVIR LENINE!

De novo estou escrevendo no lugar de estar estudando e amanhã o dia vai ser bem puxado. Gostaria de ficar a noite inteira escrevendo sobre minha vivência com as diferentes músicas do Lenine, com as quais já chorei muito, já me indignei, já dancei, já dei curso! Mas como tenho que me policiar... só deixo registrado aqui que fui ao show dele no Sesc Interlagos e voltei absolutamente satisfeita, nutrida, energizada, recuperada, encantada!






Esses dias uma amiga disse que não entendia porque gostava tanto dele. Expliquei o que penso que seja: é que é a voz masculina de Yemanjá! A voz masculina sempre me agradou mais que a feminina, mas a dele em especial me traz algo que só o mar me traz; essa mescla de suavidade e leveza com força e profundidade. Não tira a dor, mas preenche todas as brechas com calor. Às vezes machuca, remexe, cutuca, mas em seguida nos envolve em um manto de calmaria e beleza.



É um tratamento intensivo mesmo. Queria poder agradecer a ele por tudo que me faz sentir... No entanto, como não tenho como fazer isso pessoalmente como gostaria, deixo aqui registrado para o mundo o meu agradecimento eterno a esse músico mágico que me faz tão bem! Muito, muito obrigada Lenine!




22.04.09 às 00h07