sábado, 26 de dezembro de 2009

Meu natal nosso... ;)

Recebi uma mensagem mais ou menos assim "Não sei se acredita no natal, mas queria desejar renovação de esperanças nesta data"...

Em seguida recebi a mensagem abaixo do meu pai, e pensei comigo: "'É isso que vejo, e é nisso que procuro acreditar."


1 dia para confraternizarmos
como seres humanos
(verdadeiramente humanos!).

364 dias para competirmos
como bestas obtusas,
para nos esfalfarmos
como bestas de carga,
para nos dilacerarmos
como bestas ferozes.

Mas...
"A morte, o destino, tudo
estava fora de lugar
eu vivo pra consertar"

Mas...
Natal ainda será todo dia
no mundo humanizado
que haveremos de criar!

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/


Encaminhei a mensagem agradecendo às pessoas que sinto que me acompanham e que de certa forma são meu alicerce nesta empreitada:

ao meus pais: Consuelo Vargas e Ralf Rickli
aos meus "mestres": Rafael Araújo e Soninha Francine
às minhas mais que amigas: Maíra dos Santos e Paula da Paz
aos meus mais que amigos: Caio Manhanelli e Rafael Leite

Certamente sem eles não seria o que sou e não teria agüentado o tranco do ano de 2009!

Mas quero agradecer também às pessoas que dão um sabor além nesta minha vida, pessoas que mal encontro ou que convivo todos os dias, as quais muito provavelmente têm grande influência na minha vida e nem fazem idéia!

Assim sinto que são muitas pessoas do trabalho, da faculdade, da Trópis, do Gaia, dos cursos que fiz, das amizades inesperadas... às vezes tão distantes e ao mesmo tempo sempre presentes.

Muito, muito obrigada a todos!
Nos desejo muita sorte, disposição, alegria, força e renovação!!!

Lembrando que: se não for divertido, não é sustentável! :D

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Minhas músicas nossas


Às vezes me sinto um rádio que muda de estação a cada momento... algumas frases que compõe a minha vida estão agora no meu subtítulo e copio abaixo, mas há outras, muitas outras...

"É tempo de saber pra onde esse barco vai ... que angústia desesperada, minha fé parece cansada ... enquanto o tempo acelera e pede pressa ... eu quero sempre mais, eu quero sempre mais ... quem quiser remar contra a maré, tem que remar muito mais forte ... help! ... eu e meu coração vamos passear... não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa ... meu bem, meu bem, usa inteligência uma vez só ... agora só falta você, agora só falta você!"

Uma música que vire e mexe volta, se fez mais presente hoje pelo simples fato de ver a palavra "pecado" no msn de alguém... ela apresenta uma das poucas concepções de pecado que aceito, mas não só: vai bem mais fundo e bem próximo de onde estou pensando em ir fuçar... a música é Soul Parcifal de Renato Russo.

"Vê que a minha força é quase santa
Como foi santo o meu penar
Pecado é provocar desejo e depois renunciar
Estive cansado
Meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado
Minha vaidade me deixou cansado
Não falo pelos outros
Só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir"

Não lembrava da primeira frase, mas acho que também vem a calhar, assim como o meu cansaço e o meu orgulho - que nunca coube em mim de tão grande, eu sei. Sinto que preciso mudar, quero. Mas não sei bem como, nem em que... talvez devesse diminuir o orgulho para dar espaço ao egoísmo e a vaidade... mas não consigo acreditar que compense.

O que realmente quero? Quero ser mais alegre e resistente, quero de certa forma ser envolvente e poder mostrar para as pessoas como é bom e importante sonhar. Que sonho que se sonha junto não é um simples sonho, é muito mais! E quanto mais gente acreditar, mais fácil se torna o realizar!

Mas isso também parece só mais um sonho... não é?
O pior é que hoje me chamam de sonhadora, mas se amanhã eu me apresentar um tiquinho mais egoísta, certeza que olhares vão me reprimir. É verdade que alguns quase que comemorarão aliviados, mas outros, não esconderão sua decepção.

Acho que é disso que estou tão cansada... de sonhar sozinha, de me sentir incapaz de provar para os que estão comigo que vale à pena, de querer sempre mais, mas me sentir cada vez mais tão pequena... será que vou morrer "só, somente só"? Não...

"Tenho jasmim, tenho hortelã
Eu tenho um anjo, eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece
E preparei erva-cidreira no café da manhã
Ninguém vai me dizer o que sentir
Eu, eu vou cantar uma canção pra mim."

Ao menos as músicas (e sabores, cores, cheiros, sentidos e sentimentos) hão de me acompanhar...

"Quisera eu
Ser a primavera
A boa-nova
Os sabores da vida
Dentro da sua tigela colorida
De tons incomuns
E colorir um a um
Os seus momentos nus..." (zélia dunkan e lulu santos)

E tem algo melhor nesse mundo do que música?
Só poder ouvi-las, dançá-las, senti-las e compartilhá-las! né náo? ;)

"Dançar ao produzir e dançar por dançar" (manifesto do reencantamento do mundo)

É isso que desejo para o mundo e para cada um de nós para os próximos anos!

:D

sábado, 19 de dezembro de 2009

Entre festas e afazeres

No dia 13 comecei a escrever este post, quer dizer, escrevi o título e, desde então, eram tantos afazeres que não conseguia nem retomar; agora já nem sei por onde começar...

Bom, no dia 11.12 depois de fazer a matricula para o mestrado e entregar o TCC, e escrever um e-mail (post abaixo) contando, fui para uma festa "de formatura" da minha sala, que felizmente não seguiu o padrão desse tipo de festas sendo como qualquer outra. Cheguei por volta da 1h e agüentei quase apagando até as 4h. Fiquei feliz que para voltar agora com o "Taxi Amigão" teria 30% de desconto, mas o programa que vem para colaborar com a lei seca dando esse desconto as sextas e sábados à noite não está valendo em todos os taxis não. Fiquei tentando convencer o motorista e ele ainda ficou com parte do troco – como de costume – que raiva! :(



Bom, no dia seguinte, 12.12, eu e a Maíra tocamos cedo para a Subprefeitura para o Mutirão, chegamos ao Cingapura umas 10h20 e parecia que a comunidade inteira ainda dormia... chegaram algumas pessoas, inclusive o caminhão da empresa que concertaria os brinquedos e colocaria alguns outros. Esteves, Maíra e Rafael foram com uma apoiadora comprar materiais para reformar o espaço comunitário caso chovesse, o que parecia que não demoraria tanto. Depois de um tempo mais gente começou a chegar... fui com o Rafael buscar sacos de lixo que havia esquecido e quando voltei já estava começando a chover. A chuva veio com tudo e como a orientação da defesa civil era que nos retirássemos em caso de chuva porque o local alaga muito rápido - e alguns olhos me imploravam que não inventásse outra coisa - decidi me retirar com minha pequena, mas valiosa equipe. :)



Logo parou de chover, mas o parquinho já estava todo molhado. O "plano b" era arrumar o Eprim (espaço comunitário), mas a comunidade queria mesmo arrumar a pracinha que fica na frente dele para a festa de natal do dia seguinte, e não havia sentido querer forçar outra coisa. Fomos para uma unidade nossa próxima em que estava havendo um churrasco de confraternização... pretendia ficar só um pouco, mas acabei passando a tarde toda lá... estava uma delícia ficar com as pessoas que trabalho despreocupadamente... mas acabei perdendo a hora e - com a confusão de horário de início que fiz somada a mais uma mega chuva - também perdi o lançamento do CD Noite Clara que a Ana Paula canta. Fiquei muito chateada de ter perdido, vi uma filmagem, foi tão lindo... ´:(



Mas por outro lado, no outro dia tinha que sair de manhã para trabalhar e seria muito sofrimento sair de lá do aconchego "dos meus" tão cedo... Assim, dia 13.12 saí de casa umas 10h30 e toquei para o Supermercado Sonda que estava inaugurando perto da Sub, com o qual conseguimos uma doação para a festa de natal do Cingapura. Enquanto esperava os oitocentos pãezinhos terminarem de assar tomei um café com o Esteves, pessoa fantástica e queridíssima que ainda trabalha com a gente (mas que está sendo requisitado por dois vereadores), que foi quem conseguiu a doação. Levamos as coisas para o Cingapura e ficamos um tempo por lá... como tem criança naquele lugar! É impressionante! ...e angustiante ver que quase todos jogam o lixo no chão com tanta naturalidade... ai. :´(



Voltei umas 15h pra casa e tentei continuar a tradução que já deveria ter terminado e que, no entanto, mal tinha começado... mas logo peguei no sono, ao acordar, uma pilha de louça suja me esperava, ao final consegui lixar as unhas das mãos (acho que há semanas não conseguia parar para isso!), um pouco de net e não durei muito mais acordada...

Segundona, procurei ir trabalhar cedo – não podia mais fazer o horário maluco que estava fazendo por conta do TCC! – acabou tão rápido o meu dia... de noite o que tinha? Churrasco com o povo da sala! Duas da manhã estava eu com mais quatro alunos e um professor andando na paulista voltando pra casa... foi muito bom distrair e andar um pouco! :)

Terça: casa + tradução + reunião + angustia de véspera de defesa + modificações na última versão do TCC...

Quarta: aquele pecado de banho + super relaxamento + 12h20: montagem da apresentação + 13h40: compra de presente para professores + 13h55: encadernação da última versão + 14h00: defesa (ufa!) + cerveja (claro!). :)



Quinta: ressaca (da defesa não da cerveja) + tradução + stress + reunião + tradução + banho de chuva + tradução + tradução! : /

Sexta? O dia foi bem mais leve! Consegui terminar a tradução e até consegui almoçar, o trabalho foi mega tranqüilo, tanto que consegui sair cedo (às 18h) e consegui ver o filme que tinha alugado na quarta para devolver na quinta até as 21h! Devolvi os livros da faculdade, mas esqueci um e por isso ainda não tenho idéia de quanto estou devendo de multa, mas certeza que não é pouco! Tomei um gole de cerveja e voltei pra casa, querendo ir pra zona sul, mas sem um pingo de energia nem se quer pra decidir o que fazer!

A Paula me convidou para ir amanhã para o trabalho dela (de teatro) na Guarapiranga, mas, ao mesmo tempo em que quero muito, ainda me sinto tão sem energia! Estava irritada com minha falta de disposição, mas agora vendo o relato da semana, até que é compreensível, não? Só não sei o que fazer ainda... : /

O único que sei é que preciso ver meus amigos na zona sul, mas no domingo tenho que estar na zona oeste das 10h às 16h para ajudar na organização da festa para os funcionários da sub... Ai, por que essa cidade é tão grande? Ou será a minha preguiça a gigante?

sábado, 12 de dezembro de 2009

dividindo vários convites, comemorações e alegrias sofridas! :)

Amigos queridos!!!

Tenho novidades!!! :D

Hoje, depois de muitas noites sem dormir, consegui entragar o meu TCC!!! :)
Quarta-feira às 14h defendo e estarei oficialmente formada bacharel em Sociologia e Política!

Hoje também fiz minha matricula na PUC... o que também me custou muitas noites desenvolvendo projeto, estudando para a prova, pensando na entrevista... nada foi fácil, não sei porque, tudo na minha vida tem que ter uma emoção e na última hora sempre acontece algo! : /

Mas deu certo! Passei no mestrado e estou matriculada!!! E acho que ainda nem caiu a ficha, ainda não estou acreditando...

Para completar, hoje é véspera de mutirão: amanhã estaremos o dia inteiro trabalhando - com muito gosto e prazer - no Cingapura Água Branca, pois queremos transformar a pracinha e o parquinho das crianças em um lugar gostoso, mágico, encantador! Totalmente possível se todo mundo fizer um pouquinho... ;) bóra lá?


Que mais?

Bom, amanhã é o lançamento do CD de chorinho da Ana Paula
no Centro Cultural Monte Azul que tá uma delícia!

No outro domingo tem festa com os funcionários da Sub...


E espero comemorar o meu aniversário
no dia 27 de dezembro no Donde Miras que desta vez vai caminhar de Santos a Paraty!!!

Ou seja, espero ter oportunidade de comemorar com todo mundo e vou ficar muito feliz de encontrar vocês em qualquer um dos eventos, ou em vários, por que não?


Uma última coisa: preciso agradecer muito, muito às pessoas que me ajudaram a transformar esses sonhos em realidade, especialmente o pessoal do trabalho que ajudou a segurar as pontas nesses dois meses de maratona que andei meio pela metade, ao meu orientado (lindo!) que me ajudou além da conta com o TCC e o projeto de mestrado ambos com prazos super apertados, a Maíra - que sempre me salva tanto no trabalho quanto na faculdade - e ao meu pai e minha mãe que quando mais precisei se fizeram super presentes, muito legal, especialmente porque eu não esperava!

Chega, né?

Vou anexar os convites e espero vocês!!!
Daqui até o começo do ano que vem só quero comemorar!


Beijos e abraços, felizes, esperançosos e aliviados!

:)
--
Ana Estrella Vargas
__________________________
7545-2481 * 3396-7582
http://anaestrella.blogspot.com

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quando o universo conspira

Sabe esses dias que você não quer sair de casa por nada do mundo?

Eram 7h30 da manhã, resolvi parar de tentar escrever o que falta do TCC e me arrumar para ir para a Subprefeitura... ou antes disso, descansar pelo menos meia horinha. Às 8h os despertadores tocaram, mas eu mal tinha condições de ficar de pé. Levantei várias vezes, mas várias vezes não resisti e deitei mais um pouquinho, até que umas 10h consegui levantar, me arrumei ainda em câmera lenta e saí umas 11h de casa. Estava um calor infernal na rua e como queria não ter que sair! Mas tudo bem, tinha coisas para resolver que queria que já estivessem resolvidas ou ao menos em vias de.

Cheguei tão tarde, mas não sei por que, parecia que as pessoas me cumprimentavam como se ainda fosse cedo. Cumprimentei com um sorriso a todos que cruzei... só isso às vezes já faz tanta diferença! O trabalho rendeu, assim que cheguei já comecei a resolver as coisas. Um problema em especial me preocupava: um edital do governo federal para Educação Ambiental no qual os alunos do Jogo da Cidadania que estão desenvolvendo projetos na área de sustentabilidade para a subprefeitura queriam inscrever seus projetos, para o qual não sabia se como subprefeitura poderíamos concorrer e ainda precisávamos ter um cadastro no SICONV (sistema de convênios), sendo que o prazo encerra na segunda-feira, 30 de novembro.

Enquanto procurava descobrir como conseguir o tal cadastro o meu telefone tocou. Era a Leda da Secretaria do Verde, para quem eu havia enviado e-mail com dúvidas referentes ao tal edital. Ela perguntou se o projeto já estava pronto e de qual era o valor. O projeto não estava pronto, mas sabia que poderia ser entre R$ 200 e 300 mil. Ela então disse que não me preocupara, que quando os projetos estivessem prontos podíamos apresentá-los a qualquer tempo, como órgão público, ao FEMA (Fundo Especial para o Meio Ambiente – ou algo assim) – informação preciosa da qual eu não dispunha. Demorei um pouco ainda para entender que meu problema, de certa forma, estava resolvido. Conversamos sobre outras coisas pelas quais ela pode perceber o meu "inescondível" desânimo, ao que respondi que era necessário haver algo que nos mantivesse sempre motivados, esse algo, segundo ela, é "tá junto" e me disse: "estamos juntos". Pode parecer bobo, mas foi tão bom ouvir isso! Passou uma segurança da qual estava me sentindo carente. Ando tão cansada de sonhar sozinha que às vezes me pego quase desistindo...

Logo em seguida entrou uma pessoa que procurava pelo supervisor de cultura, mas que me conhecia. Era a Denise, que fez o curso Gaia Educacion comigo (e mais 99 pessoas), de cara não a conheci, mas a reconheci de alguma outra forma que não pelo aspecto físico. Ela trabalha no Instituto Ambiental e vai apresentar um projeto para o FEMA de Agricultura Urbana para o qual vai indicar o Tendal como local de desenvolvimento. Como o Arthur estava atendendo a outra pessoa, resolvi fazer sala, sem cerimônia ou obrigação alguma, mas pelo prazer de encontrar alguém para sonhar junto. Ficamos um tempão conversando e nos empolgamos com a idéia de fazer um Biodigestor na Lapa, possivelmente no Cingapura Água Branca. Demorei, mas aproveitei para convidá-la para o mutirão que faremos no dia 12/12 (no Cingapura de novo). Ela já tinha outro compromisso para o dia, mas se dispôs a dar um jeito de ir, pelo menos no período da tarde!

A Cleide (presidente do Conseg – Conselho de Segurança – da Lapa) chegou para uma reunião que teríamos às 16h30 sobre o mutirão. Conversamos sobre os grandes desafios e pequenos avanços que tivemos na área. Ela se dispôs a chamar alguns amigos voluntários e a contatar algumas empresas, divulgar, etc. O Rafael também participou da reunião e entre os três dividimos as tarefas que são principalmente contatar voluntários e parceiros para o evento. Também me senti feliz e aliviada de poder contar com a ajuda da Cleide!

Mal deu tempo de comer algo (eu não tinha almoçado) e dentro de um pouco a Maíra chegou, praticamente junto com o carro que nos levaria ao Cingapura Água Branca para uma reunião com a Comunidade às 19h. A reunião acabou sendo apenas com os dois líderes da comunidade e mais uma pessoa que ficou sabendo e se interessou em participar. O bom de ter pouca gente é que termina rápido. Às 20h já tínhamos nos atualizado com relação a programações, intenções e necessidades.

Mas haveria uma segunda reunião com um pessoal que desenvolveu um projeto super legal para um espaço que era uma favela que foi desocupada no começo do ano ali perto, que se interessaram em apoiar a festa de natal que farão no dia 13/12. Achei por bem esperarmos e pedirmos apoio para o mutirão também, e foi ótimo! Eles quiseram entender tudo para poder passar adiante e assim quem sabe multiplicar o apoio, também se dispuseram a auxiliar com uma parte muito importante: o plantio. Como o projeto deles, ou do Jean Paul Gaden, é de certa forma paisagístico, já que faz desenhos geométricos utilizando as cores de diferentes plantas, se encaixaram perfeitamente no que estávamos precisando. Fiquei satisfeitíssima de encontrar mais loucos para sonhar junto! Não precisava nem dizer, né?

Deixei no Rio Pequeno a Maíra (minha amiga que não conseguimos contratar, mas que se apaixonou pelo trabalho na Lapa e não resiste em eventualmente, especialmente com os mutirões, trabalhar voluntariamente) e voltei para casa deitada no banco de trás tentando dormir, pensando em tudo o que tinha ocorrido no dia que queria e precisava contar para a Soninha ou ao menos publicar no blog. Pegamos um super trânsito e cheguei de volta em casa às 23h, comecei a trabalhar no TCC de novo, mas resolvi fazer uma pausa para contar, antes que eu me esqueça, como é bom quando o universo conspira a nosso favor!!! Como é bom, e como é mágico!!! :)

Meus agradecimentos a esse universo!

E a todos que me acompanham e acompanharão no sonhar junto para concretizar! ;)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eita! tão pegando o ETA!

Hoje ouvi no rádio que diversos membros do ETA - movimento considerado terrorista que defende a independência do "País Basco" que hoje pertence ao norte da Espanha e à França... (como pode um país pertencer a outro país? Pois é...) - foram presos.

Conheço pouco sobre o ETA, mas o que conheço quero aproveitar o "ensejo" para dividir aqui. Segue então uma resenha sobre uma aula fantástica que tive - organizada pelo Prof. Rafael Araújo - sobre alguns aspectos dessa longa história... é um cadinho cumprido mas não dá nem pra perceber! ;)

Terrorismos: ETA e meios de comunicação

No dia 23 de outubro de 2007 os alunos de sociologia IV da Escola de Sociologia e Política de São Paulo contaram com uma aula especial: um debate que trouxe diversas questões relacionadas ao terrorismo na Espanha, contando com a presença de Manuel Sanches Duarte, doutorando da Universidad Rey Juan Carlos de Madrid, e do professor Doutor Marcos Ferreira Santos da Universidade de São Paulo. Envolventes, os dois fizeram abordagens bem diferentes, resultando em um quadro bastante completo e verdadeiramente rico.

A primeira palestra intitulada “Do silêncio à saturação informativa. Vítimas do ETA e a Mídia” de Manuel Sanches Duarte nos apresentou estatística do quanto mudou a posição da mídia com relação aos ataques do ETA: antes nada transmitia sobre o assunto mas, desde 1994, passou a veicular cada vez mais informações sobre os ataques e principalmente sobre as vítimas destes, que passaram a ter suas vidas publicizadas. A população, talvez sensibilizada pelo fato de também poder vir a ser uma vítima, passa a se interessar pela vida dessas pessoas que se tornaram um negócio altamente rentável para os meios de comunicação.

Atualmente, tudo o que a mídia espanhola veicula deve estar de alguma forma ligado ao terrorismo, se não, não há interesse em transmitir. Esse fato faz com que tenhamos a impressão de que o ETA tem feito muito mais ataques do que em qualquer outra época, o que não é verdade. O que houve foi uma mudança de estratégia que consiste em escolher vítimas de visibilidade e personalidades públicas. Outro fator intrigante é o fato de darem muito mais destaque aos ataques do ETA sendo que, sobre os ataques de outros movimentos é quase impossível encontrar informações.
Infelizmente, parece não haver interesse dos poderes governamentais e midiáticos para solucionar o problema do terrorismo, pois, para ambos, se tornou uma peça do jogo importante que traz “benefícios” de interesse político e econômico.

O professor Marcos Ferreira Santos com a palestra “ETA, Mitologia Basca, Terrorismo Lingüístico e Mídia” praticamente nos levou até a cultura do país Basco, destacando a forte presença da mitologia, a qual é ensinada às crianças em Euskara, língua original que permaneceu viva, mesmo com a ameaça do Estado espanhol que não permitia que se falassem outras línguas. Atualmente a qualidade de ensino da escola euskara é considerada superior a da escola espanhola.

A mitologia traz consigo muitos dos valores desse povo, que tem grande respeito pelas mulheres e pela Deusa Mari, a grande mãe, que tem diversas representações com os diferentes elementos, mas que pode ser comparada a Pacha-mama (mãe Terra dos ameríndios). Dentre as personagens apresentadas, destacamos o gigante do machado, que tem por dever proteger a Terra, e o marido de Mari, uma serpente. O machado e a serpente compõem o símbolo do ETA tornando compreensível o senso de dever que os jovens que participam desse movimento de libertação têm de proteger sua terra (Mari) do Estado que a usurpa. Não é possível afirmar se essa relação é consciente ou inconsciente, mas tampouco é possível afirmar que não exista.

Durante o debate os alunos se mostraram bastante interessados e fizeram várias perguntas, uma delas indagava sobre a adesão a esse ideal de libertação da população basca, que parece ser maior em algumas partes e menor em outras, mas, ainda ficou a questão quanto. – (deu vontade de ir fazer um plebiscito!)

Talvez a repressão a essa cultura seja justamente o que fez com que se fortalecesse, no entanto, muitas outras não resistiram. Pode-se perceber que as guerras, atrocidades e violência sempre se dão por um querer impor a sua verdade a outro. As diferenças precisam urgentemente ser respeitadas. As sociedades estão virando uma massa homogenia e estamos perdendo nossas verdadeiras riquezas.

O que mais incomoda, é ver como o capital de tudo se aproveita, como as pessoas ganham dinheiro fazendo sensacionalismos e como as outras consomem tudo. A mídia também faz terrorismo, mas não pode ser processada por isso, por quê? Como seria se apresentasse uma aula como a que nos foi proporcionada? Será que a compreensão facilitaria a solução e isso poderia significar prejuízo? Por que a mídia quer nos convencer de que o mundo não tem solução? Para que continuemos consumindo? Com certeza não há uma única solução, são várias, nos mais diversos setores e de acordo com as peculiaridades locais. Todas são importantes, mas, uma delas é fundamental: a democratização dos meios de comunicação.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O que será que vai cair na prova?

A suposta "ditadura" de Chaves na Venezuela? A "queda" de Fidel Castro? Os presidentes de "esquerda" da América Latina? As últimas eleições dos EUA e a "vitória" de Obama? O "populismo" do Lula? O recém conquistado lugar do Brasil como potência econômica?

Mas pediram para ler os Temas de Política Externa Brasileira II que foi publicado em 1994, não vai ter dessas coisas... imagino (vai saber! Será que tem alguma futurologia certeira?). Na verdade meu desespero é justamente não ter conseguido ler os dois volumes desse e os Desafios da Globalização, que imagino seja de onde vão tirar algum tema para discutirmos com os autores clássicos. Se cair alguma coisa que dependa minimamente de entender história, tô f*-di-da! Ai.

Bom, vamos tentar organizar o que já temos, em quais assuntos os 8 livros que deveria ter lido se encontram.

1) A Política Externa Brasileira e o "Sentimento de Exclusão"* > Globalização e exclusão social** > Roussseau (liberdade, desigualdade e propriedade***) > La Boétie (a servidão voluntária****, o povo se deixa enganar facilmente por promessas falsas) > Maquiavel (o príncipe deve parecer bom e honesto, o que não significa que seja, pelo contrário, deve também saber fazer o mal e saber quando utilizá-lo).> Será que por tudo isso a exclusão social se mantém e seguirá a se manter? Ao menos no Brasil o Estado tem se fortalecido, as políticas públicas de distribuição de renda vêm aos poucos diminuindo a exorbitante desigualdade social e esse "sentimento de exclusão" com relação à política externa já está mais do que superado – mas talvez tenha dado lugar a uma euforia que procura constantemente ser freada pelo receio de que a história se repita, de que apesar de todas as boas condições encontradas no momento para se mudar a nossa história, elas só venham a reforçar e aumentar o abismo social existente.

* Abdenur em 1994 escrevia sobre o sentimento de exclusão dos brasileiros com relação à política externa alimentado pela imagem internacional negativa que encontrava suporte em problemas internos, como a má distribuição de renda. Concluía ele que ao se fazer uma analise com serenidade, se veria com clareza que não havia motivos reais para que tal sentimento se mantivesse, visto que o Brasil contava com boas condições a seu favor.

** Elimar Pinheiro Nascimento, analisando a relação entre globalização e exclusão social, afirma que o mercado ou os mercados são criadores naturais de desigualdade. Assim, a mundialização, acompanhada pela ideologia neoliberal, tende a acentuar a desigualdade e, por conseguinte, a exclusão. A minimização do Estado também colabora para essa acentuação, considerando que, segundo Rousseau, ele se estabelece para fazer o enfrentamento da desigualdade.

*** "fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma usurpação sagaz um direito irrevogável e, para proveito de alguns ambiciosos, doravante de todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria".

**** as pessoas se acostumam a servir de tal modo que é como se fosse natural, a geração que já nasce na servidão, não se revolta, pois não conhece o que é a liberdade... Mas a servidão voluntária não seria de certa forma um "pagamento" a uma suposta segurança que Hobbes defende poder existir com o Leviatã no caso de todos concordarem em estabelecer esse "pacto"? No lugar de todos terem que se preocupar com sua segurança na guerra de todos contra todos, apenas um se preocuparia. Mas o problema poderia se agravar se esse um, no lugar de defender, ameaçasse (mais um tirano, que talvez terminasse morrendo pelas mãos de alguém próximo que não agüente mais "servir bem para servir sempre" com a constante sensação de que o sempre pode não chegar ao dia seguinte).

Nossa! Que bagunça! Será que dá pra entender algo? Vou publicar assim, depois se for o caso corrijo. Agora, já passou muito da hora de dormir – e nem vi!


 

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Olha isso!

Minha mãe - proliferadora de um e-mail intitulado "tragam esse cara para o Brasil" que falava sobre um xerife de um condado no Arizona que inventou uma cadeia aos moldes de um campo de concentração no qual os prisioneiros tinham um custo baixissímo, sem nenhum tipo de benefícios e sendo obrigados a trabalhar - me contava sobre o tal condado e as histórias dos familiares que sofreram com a ditadura e se envolveram fortemente com a política na Venezuela, quando tive que interromper seus contos para ver uma matéria do CQC em que mostravam que na cidade de Assis, no interior de São Paulo, procuram fazer valer uma lei da ditadura que diz que "a vadiagem é proibida". O corajoso repórter do CQC trocou de roupa com o camera-man e ficou disfarçado de "vadio(?)", quando estava sentado na calçada a polícia o abordou e... vejam no que deu!



Pois é... difícil acreditar que no século XXI ainda tenhamos que conviver com esse tipo de absurdo... mas pelo menos, hoje podemos denunciar e proliferar as denuncias também!!!

Perguntei a minha mãe, que até uns minutos atrás não sabia o que significava a expressão "xilindró" (ou "chilindró"?), o que acharia se seus filhos fossem presos nessas condições (andando na caminhada cultural que fazemos todos os anos, por exemplo) e fossem colocados na tal prisão do tal condado.

É...

E viva a internet que possibilita que "ideias fantásticas" como essa do condado também cheguem a tanta gente... e possam ser questionadas, claro!
Porque um povo que se preocupa mais com punir do que educar (no sentido de ferramentar para sua emancipação e não no de dogmatizar), não é um povo, é uma pólvora! ;o)

sábado, 7 de novembro de 2009

Chatterton

A música é de Serge Gainsbourg

A internet tem cada coisa!!!
Dei muita risada! hehehehe... muito bom! ;)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Não vou nada bem!

Chatterton, suicidou
Kurt Cobain, suicidou
Vargas, suicidou
Nietzsche, enlouqueceu
E eu!
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem...

Chatterton, suicidou
Cléopatra, suicidou
Isocrates, suicidou
Goya, enlouqueceu
E eu!
Não vou nada bem...

Não vou nada bem...(17x)

Chatterton, suicidou
Marc-Antoine, suicidou
Van Gogh, suicidou
Schumann, enlouqueceu
E eu!
Puta que pariu!
Não vou nada bem...

Não vou nada nada
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Não vou nada bem
Puta que pariu!...

Cansada pácas!...

Tenho uma tristeza que me seca... e até tenho aprendido a conviver com ela... mas hoje, não sei o que aconteceu!

Deveria estar surtando com o TCC, o projeto, os livros que tenho que ler para a prova... mas não. Surtei com as injustiças e contrastes do mundo. Surtei com o buzão lotado, o povo cansado e o calor cozinhando o que já parece enlatado. Surtei de ver que as pessoas sempre querem mais, mais e mais, mas nunca se dispõem a dar mais. Surtei pensando no quanto ouço as pessoas falarem "por que vc não faz isso?" e o quanto não ouço um "que tal fazermos isso? Eu te ajudo" ou qualquer coisa do tipo. Surtei de ver que fico sem reação quando surto.

Foi em perdizes que comecei a me perder... não sabia o que fazer, até que resolvi fazer o único caminho que sabia: voltar para minha sub-casa-trabalho.

Fui acolhida, mas continuei inconformada, especialmente com a fraqueza dos homens que aceitam conviver com as injustiças e contrastes do mundo, que se fazem de incapazes, que preferem se adaptar a tentar mudar, e assim, eternizam esta coisa, este monstro sem pé nem cabeça - com muitos pés frios e muitas cabeças quentes - em que vivemos. Como disse um professor meu ontem: "É o Reino do Absurdo!"

Claro que têm dias que parece que só conseguimos enxergar as coisas ruins, tristes e emperradas... e que a realidade não é só essa. Mas, podia melhorar tanto! Como é difícil não desanimar!


 

Não aprendi a pedir ajuda,

nem aprendi a desistir,
ou seja, me _ _ _ _!


 

Um desses dois terei de aprender. Qual vocês acham que há de ser?


 

domingo, 1 de novembro de 2009

devagar-ando...

Tudo começo quanto eu tinha seis anos...
Eu não sabia nadar, nem ler, nem escrever.
Um dia eu me afoguei e não tinha ninguém por perto!
Nunca aprendi a nadar, mas aprendi a me salvar.
´: j

Também aprendi a escrever, mesmo que não muito bem...
assim descobri que podia me expressar.
Escrevi tanto! Que bom que naquela época não era tão fácil publicar!
; )

Aprendi a ler, mas a ler tão, tão devagar...
que nenhum erro de concordancia me escapava!
Em compensação, não entendia nada!
Às vezes é assim até hoje.

´: ]

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pan-pan-pan-pan-pan

Estava com uma dor de cabeça insuportável, sem saber se era pior sair pra comprar o remédio que acabou ou agüentar a dor. Resolvi vasculhar os remédios e... achei uma Santa Dipirona!!! ...agora já me sinto quase nova... :)

O final de semana foi bom, mas conturbado: incêndio em uma favela "nossa", dia das crianças com chuva no cingapura - só fui de tarde quando os brinquedos já estavam desmontados por conta da chuva, mas disseram que as crianças adoraram. O curso da Fundap não acaba e as coisas que tenho que fazer, ver, resolver... menos ainda!

Ontem era o primeiro dia da semana e já estava destruída. A aula da faculdade foi boa, mas eu mal estava agüentando ficar sentada! A cabeça mesmo assim não parava. Fiquei com vontade de escrever sobre a aula, apesar de precisar priorizar o TCC... no fim, não fiz nem um nem outro. Apaguei.

Eu já contei que sou pangnóstica?

Hoje na corrida a caminho do trabalho encontrei uma carta de baralho. Dessa vez não peguei a carta pois havia muita gente por perto e apesar de estar à pé, estava em alta velocidade, uma freiada brusca... Havia outra carta virada para baixo, mas procurei não ficar pensando em qual seria a que não podia ver e memorizar a que vi: um dez de paus.

"O Dez de Paus retrata um estado de opressão. Jáson conseguiu tudo que almejou e, contudo, no final da história, sua aparência é muito triste, acabrunhada, e sua fisionomia traduz preocupações, enquanto o Argó de outrora, condutor de heróis, está a deriva na praia, quase destruído. A principio fica difícil entender por que esta lenda repleta de feitos heróicos e de altos ideais termina em depressão. [...] significa que o indivíduo está sobrecarregado e oprimido por ter assumido mais responsabilidades do que deveria. (...)"

: /

Cada vez que vejo uma lixeira assassinada na rua (é absolutamente freqüente infelizmente) lembro que preciso ver logo um outro modelo, pois precisamos comprar lixeiras novas, mas considero que essas são arrebentadas por conta das pessoas que vivem do lixo se irritarem com a profundidade da lixeira que não permite que peguem o que está no fundo sem tirá-la do lugar. Pode parecer absurdo, mas a realidade que temos na cidade hoje é essa, e isso precisa ser levado em consideração para podermos ter menos prejuízo e menos lixo espalhado por aí. E? E se eu não parar para ver isso logo, vão acabar comprando as novas no mesmo modelo antigo.

Pretendia pedir ajuda para o estagiário, mas hoje soube que ele solicitou seu desligamento sem nem se quer me avisar - tudo bem, eu já tinha conversado com ele e explicado que precisaria colocar alguém de sociais no seu lugar, para que já fosse procurando outra coisa, mas vcs acham que consegui entrevistar alguém? Não. Esperava contar com o que tinha para algumas coisas que eu não conseguia parar para passar. Ok. Agora não tenho nem um, nem outro. E ainda me sinto mal, porque acho que a falta de consideração dele é reflexo da minha.

Outra coisa que não posso mais adiar: organizar nosso voluntariado. Tenho uns 20 formulários preenchidos de pessoas que já até devem ter desistido de trabalhar com a gente, pois nisso já devem estar uns bem quatro meses aguardando um contato. Parece simples mas não é: preciso ver quem pode trabalhar com o que, que horas e onde. Preciso que fique muito claro que estão assumindo um compromisso por um tempo determinado, que não podem simplesmente "aparecer quando der"...

Também preciso ver o que falta para o dia do servidor (acho que tudo). Ainda há pendências do mutirão Água Branca... Preciso aproveitar que deixei a coordenação do mutirão deste mês com o Rafael para fazer o planejamento dos próximos... Também falta marcar os próximos cafés da manhã da Soninha com funcionários... Que mais? Certamente tem muito mais, mas chega!

Às vezes tenho a impressão de que tudo olha para mim perguntando se deixarei tudo esperando "for ever". Não, não deixarei. Mas hoje.... tudo-tudo-tudo-tudo-tudo terá que esperar, ao menos, até amanhã.

Santa Bárbara do Oeste! Podia ser pior, não podia?
Santa Clara... clareia o meu caminho?
Minha mãe Yemanjá, me permita relaxar quando a maré estivar calma, e quando estiver brava... que não me falte ginga pra surfar!

´: )

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Democracia é muito mais! - Mutirão Água Branca

Agora sim! Dá uma olhada e me diz se a gente...

não tem muito mais poder do que usa!


Para ver no youtube clique aqui.


Poli-Ana

Sabe essas coisas que a gente vive se propondo a fazer e nunca consegue? Pois é, esses dias decidi que seria feliz e pronto. É verdade que na primeira semana vi que não era tão simples assim, não dava pra eu me enganar, mas... uma semana depois eu já estava melhor, e daí em diante só fui melhorando!!! Isso faz mais ou menos um mês! Dá pra acreditar?

Resolvi levar a vida com leveza, sem tristeza e até com certo humor. O único problema é que às vezes não me reconheço. Esses dias me deu um cadinho de mau humor e confesso que até senti uma saudadinha... : j

No trabalho estou procurando me des-sobrecarregar e resolver de uma vez um monte de pequenas pendências que me acompanham há muito! Qual o problema? - sempre tem unzinho pelo menos - é que não acabam!!! Parece que vão se multiplicando e saltando na minha cabeça! Cada hora lembro de algo que estava esquecendo e no fim, tenho a péssima sensação de que não fiz nada!

Isso, e especialmente as coisas que não consigo resolver sozinha, foram me cansando, cansando, cansando... Fui conversar pra desestressar, também sobre o trabalho, mas... Minha pergunta foi: "aonde estamos errando?" é... ouvi e refleti muito, fiquei pensando que algumas coisas pareciam tão simples, que eu tentaria fazer algo, mas sabia que era difícil. Assim como dei razão a quem me falava, a Soninha me dará razão, mas não sei se vamos conseguir mudar... A máquina está nos "ingulindo"!!!

Quando me despedi, pra completar, uma palavra mal colocada, mas infelizmente pronunciada, foi o suficiente pra me deixar deprimida! Como posso ser tão suscetível?

Fui pra faculdade me sentindo eu novamente. Pensando no quanto o executivo estava nos executando. Estava me sentindo exaurida, destruída, desanimada, deprimida, sentia que carregava o peso do mundo em minhas costas.

Bom, como aquele excesso de felicidade também já estava me irritando, não me incomodei tanto com meu "estado natural". Joguei minha Poliana pela janela, mas... parece que a filha da mãe enroscou num galho (ou teria caído na piscina?).

Ao entrar na sala vi com quem era a palestra que eu mal lembrava que aconteceria: era com o Humberto Dantas!!! O cara é muito bom!

Já estou quase dormindo, por isso não vou entrar em detalhes da aula, mas falávamos sobre reforma política e a necessidade de haver uma educação para a política - mais do que uma reforma - que é com o que ele trabalha e passa a paixão que tem pelo que faz. As aulas dele sempre são boas por isso. Fiquei super empolgada - a ponto de dizer ao professor que se não trabalhasse com a Soninha, trabalharia com ele!

Depois ainda fui conversar com meu orientador sobre outra coisa que está me desesperando: o TCC que tenho que entregar até 26 de novembro.

Apesar de ter me dado mais conta ainda de que estou bem, bem ferrada, sai de lá muito feliz!!!

:)

Não adianta, minhas anas são mesmo apaixonadas pela polis!

... quantas vidas será que terão?...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mutirão Água Branca

Nos dias 26 e 27 de Setembro de 2009 a Subprefeitura Lapa, realizou um mutirão de revitalização no Cingapura Água Branca, no distrito da Barra Funda. Com ajuda da comunidade e com a doação de grama e brinquedos de apoiadores independentes, o parquinho das crianças foi transformado; também aconteceram duas apresentações de teatro: a primeira com a Cia dos Inventivos e a segunda com a Cia Teatral das Graças. O trabalho foi árduo, mas valeu à pena.

Apesar da área pertencer a Secretaria de Habitação, a Subprefeita Soninha Francine solicitou atenção especial à área por considerar que a situação encontrada não podia continuar aguardando uma possível grande reforma.

Todo último sábado do mês a Sub Lapa realiza mutirão em área pública para que a comunidade se envolva, participe e apodere, colaborando assim não só com a reforma, mas também com a manutenção do espaço e comunicação junto à Subprefeitura quando necessário.

--

Por que textos informativos são tão sem graça? O de cima é meu então eu posso falar sem me preocupar com uma possível ou provável vingança do jornalista criticado. :)

Escrevi o texto para acompanhar o vídeo que havia feito no Picasa com as fotos do Mutirão. Como uma imagem às vezes vale mais que mil palavras, e havia colocado muitas, não me preocupei tanto em escrever.

Achei tão fácil fazer o filme, estava tão empolgada... mas quando fui subi-lo à internet, não deu nada certo. No meu álbum depois de - literalmente - horas esperando, acho que na terceira tentativa, descobri que não havia espaço. Mas descobri também que posso comprar o espaço, e cogitei, até ver que, na verdade, posso alugá-lo; ou seja, todo ano tenho que pagar. Não dá.

Criei uma conta no Youtube, mas também não dava certo. Depois de - literalmente - horas, na terceira tentativa, descobri que a música que usei é registrada não sei onde. aff! Assim não dá!

Deveria estar estudando, fazendo a prova que já devia ter entregado e terei que negociar uns pontos a menos pelo atraso, deveria organizar meus contatos, ligar para os amigos, sair, ver minha família. Mas? Mas não me ensinaram a desistir e hoje fiquei mais algumas horas mexendo no meu vídeo. Decidi que vou dividi-lo em algumas partes, mesmo detestando a idéia de picotar a minha obra! O que a gente não faz para tornar a coisa acessível, não?

Bom, fica aqui registrado que o mutirão aconteceu e que em breve terão como assistir algo. :)
Em ultimissíssimo caso, escrevo mais alguma coisa para compensar.

Ah! Uma coisa não posso deixar de dizer:

Foi massa!!! Cansativo pácas, mas único, verdadeiro e muito especial!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ajuda para o Mutirão Água Branca

Na semana passada escrevi um e-mail pedindo ajuda para o próximo mutirão, o qual a Soninha acabou colocando em seu blog. Daí me perguntei: por que não colocar no meu? Rapidamente concluí que não valia à pena, se no dela que tem 230 seguidores quase não teve repercussão, imagina no meu! Mas como é isso que tem tomado cada minuto da minha semana, no que tenho me empenhado muito (e que não é bolinho não), tá aí, divido aqui com quem me acompanha:

"Caros colaboradores, voluntários e amigos,

A Subprefeitura Lapa realizará um mutirão de revitalização na região do Cingapura Água Branca nos dias 26 e 27 de setembro e gostaria muito de poder contar com a colaboração de vocês nesse processo.

A região é muito carente, possui uma favela que está passando por processo de desocupação (pois fica sobre um córrego, portanto em área de risco) e tem vários pontos críticos, dos quais escolhemos três para, junto com a comunidade e entidades ou empresas interessadas, melhorar/revitalizar conforme podem ver abaixo:



1. O parquinho - deveria ser um espaço para as crianças brincarem, mas todos os brinquedos estão quebrados, o lugar está sujo e não tem iluminação.
Pretendemos: fazer a limpeza, plantar grama e flores, solicitar iluminação e trocar os brinquedos.
Precisamos: mão de obra e brinquedos para o parquinho.





2. A quadra - segundo os moradores vira "uma piscina" quando chove e está com a tela arrebentada em diversos lugares, além de outros problemas.
Pretendemos: fazer valeta para o escoamento da água, trocar a tela, trocar aro e traves e pintar a mureta.
Precisamos: tudo.



3. O Eprim - espaço comunitário (de dois andares com duas salas) que os moradores utilizam para fazer reuniões e onde pretendem ter cursos e talvez reativar uma rádio comunitária que já tiveram no local há alguns anos.
Pretendemos: pintar o prédio.
Precisamos: mão de obra e tinta

O mutirão consiste em evento realizado em dois dias (excepcionalmente), no qual a comunidade se envolve na reforma e recuperação de áreas. Também procuramos inserir atividades culturais e esportivas (que fazem parte da revitalização, no sentido de trazer mais vida) para que o trabalho se torne mais agradável e para que a comunidade descubra o que pode fazer com seus próprios recursos.

Estamos procurando outros apoiadores, mas como podem ver, precisamos de muita ajuda, apoio e colaboração. O que considero mais importante de tudo o que precisamos são os brinquedos para o parquinho; também gostaríamos muito de colocar "brinquedos de adultos", ou seja, algo para que possam fazer "academia" ao ar livre (como se pode encontrar em algumas praias); foi uma demanda que pudemos perceber em visita a comunidade.

Se vocês puderem (ou conhecerem grupo ou pessoa que possa) colaborar com algum dos itens acima, seja com equipamentos, materiais, mão de obra, apresentações artísticas ou mesmo com lanche para as pessoas que estarão trabalhando, por favor não deixem de nos contatar para que possamos juntar forças. Todos são muito bem vindos!

Bom, como já expressei antes, qualquer colaboração é bem vinda e tanto a Sub Lapa quanto a comunidade em questão ficarão mais do que agradecidas de poder contar com tanta gente de bem.

Agradeço de antemão e me coloco a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.

Atenciosamente,
Ana Estrella Vargas"

aelvargas@prefeitura.sp.gov.br

---

Coloco aqui também a resposta a um comentário de um querido internauta afirmando que as pessoas têm vergonha de ajudar, o que me inspirou a escrever para além da simples resposta:

"Sim, tem gente que tem vergonha de ajudar, mas não deveria; pelo contrário, deveríamos ter vergonha de não ajudar, pois de alguma forma, mais direta ou indireta a situação em que as coisas se encontram está ligada a nossa forma de agir e pensar, o que considero que precisa mudar. Todos somos responsáveis ou co-responsáveis.

Há ainda os que têm preconceito com o que consideram assistencialismo, que acreditam que só precisamos de educação. Pois digo que a educação é indispensável e precisa melhorar muito, mas ainda não estamos em condições de dispensar o assistencialismo - infelizmente.

De qualquer forma, nos mutirões procuramos envolver a comunidade ao máximo para que esta entenda que a coisa pública também é dela, que usufruir de algo bom depende dela, tanto no sentido de cuidar e arrumar, quanto no de cobrar do poder público e buscar parceira ou apoio privado, mas o principal é que percebam o quanto sozinhos ou quase, podem fazer muito, que não devem estar sempre esperando, que não tem que depender de ninguém. Certamente não conseguimos atingir nossos objetivos no grau que gostaríamos, mas nossa pretensão é ajudar a comunidade a se articular, apoderar e emancipar.

No mais, só posso dizer que o mutirão é uma experiência única, que é muito, muito bom poder ver o que juntos podemos fazer, e podemos muito.

Fica aqui meu convite a todos.

Abraços!"

--

E vamos que vamos que o som não pode parar!

Momento narcísico

Semana passada me dei conta da quantidade de coisas que ando aprendendo - não só apanhando da vida, mas especialmente nos dois cursos de administração pública e na faculdade – e, como sempre digo que é importante compartilhar e multiplicar nosso conhecimento (acho tão legal quando percebemos que (: = x) dividir é igual a multiplicar:), resolvi que passarei a publicar ao menos uma parte dessas coisas que aprendo aqui.

Bom, decidi isso na sexta, mas no sábado decidi não fazer nada, ou fazer só o que sentisse vontade. Foi a melhor coisa que podia fazer em plena virada esportiva! ;) Brincadeiras a parte, a semana tinha sido desgastante por demais, ficar quieta comigo era realmente tudo o que precisava. A melhor parte foi ter ficado assim sem culpa, pois como a pessoa linda que limpa minha casa duas vezes por mês tinha estado lá na sexta, não fiquei me cobrando levantar da cama ou sair da internet pra limpar ou arrumar a casa.

Entre o melhor dos melhores, não sei se foi ficar sem fazer nada de mais ou se foi ficar comigo :)... mas não sairia por nada do mundo de casa, não fosse a oportunidade de assistir a peça de teatro baseada no livro do meu pai ("O dia em que Túlio descobriu a África") somada a visita de um amigo que está morando no Rio. Chegamos um pouco atrasados, mas foi muito bom ter ido! Melhoraria uma ou outra coisa (ou não seria filha do meu pai), mas gostei muito, achei a montagem muito bonita e algumas partes muito emocionantes. Encontrei o Senador Suplicy que foi muito atencioso ao meu pedido de ajuda para que o livro possa ser adotado nas escolas para o estudo de História da África, ele inclusive ligou para o meu pai para parabenizá-lo na mesma hora, achei incrível!

Domingo pela manhã a Av. Sumaré estaria fechada para o uso de bicicletas e caminhadas – estava participando da organização do evento, mas nosso supervisor de esportes tomou a frente e não achei nada ruim. Pretendia ir lá e também ao Parque Vila dos Remédios, mas quando acordei já não dava mais tempo e a Ana Paula já estava a caminho de minha casa para irmos ao Revelando São Paulo no Parque Água Branca. Aliás, SENSACIONAL!!! Lindo, absolutamente lindo o evento. Comidas de tudo quanto é interior de São Paulo, artesanato, apresentações... me senti uma turista em plena São Paulo! Comi uma comida deliciosa, dei uma voltíssima (voltinha rapidíssima) em um exuberante cavalo – do qual fui decida por um peão de Sorocaba muito simpático - e comprei artesanato dos indígenas - especialmente de um que era lindo de tudo, mas sério de tudo também. Inicialmente reclamei que estavam muito escondidos, mas depois percebi como era perfeito estarem instalados no meio das árvores. A luz, a música, o cheiro, as cores, tudo tornava aquele lugar mágico. Vontade de ficar ali pra sempre!

Como precisava que meu final de semana fosse exatamente como foi! Ah! Eu queria muito ter escrito no blog - amo escrever - mas não deu tempo... Escrevo agora, hora em que deveria estar estudando para a prova de amanhã. : j

É... Sinto um cezinho de culpa, mas com um essezinho de sem-vergonhisse tão gostoso... :)

É... Talvez amanhã eu me arrependa, mas será só amanhã – até porque, depois de hoje, só amanhã!


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

InovaGestão

Depois de muitos e muitos e muitos anos... a Prefeitura de São Paulo resolveu investir um pouco nos servidores e na inovação: contratou um mega-curso pela Fundap chamado InovaGestão. O curso foi desenvolvido especialmente para nós e o Rafael (Super de Administração) e eu estamos fazendo. Apesar de ter uma carga horária muito grande (o que quase nos enlouquece por ter que deixar o trabalho na Sub esperando) e de uma ou outra falha, tem sido muito bom.

Hoje estamos aprendendo a utilizar ferramentas da internet, ning e google basicamente. Tem tanta coisa e é tão legal!!! Morro de preguiça de aprender essas coisas no dia-a-dia... fui aprendendo na raça, mas prefiro bem mais aprender com um pouquinho de orientação e supervisão.

Bom, os outros alunos estão criando o seu próprio blog, como eu já tinha o meu (apesar de estar meio abandonado), resolvi tomar vergonha na cara e postar algo. Como sempre, tenho um monte de coisas que quero colocar aqui, mas como de costume deixo pra depois por um motivo ou outro e o tempo não dá trégua, vai que vai... e se me dou o merecido direito de parar um pouquinho depois tenho que correr tanto...

Não, não pretendo correr tanto, mas tenho a impressão que uma hora o que espera por mim vai me derrubar! Não sou eu que empurro as coisas, são elas que vão me empurrando.

Bom, vou parar de reclamar e ver o que há de novo.
Aliás, o que gostariam que eu postasse? - Não significa que vou, mas... quem sabe?

sábado, 22 de agosto de 2009

O que a Sub Lapa tem?

Não pode ser o cheiro amargo das amêndoas doces... mas algo essa Sub tem que fez com que me apaixonasse perdidamente.

Gosto do nosso prédio velho, gosto de ver o trem passar... gosto de ver os abandonados imóveis antigos e as torres das antigas olarias, gosto de ver o mato que cresce e a serra lá longe, quase azul... gosto de ficar olhando cada quadro que se forma com o desenho das janelas da construção inacabada no ponto mais alto da Sub. É bonito de manhã, de tarde e de noite. É lindo que chega chora!

Não gosto dos prédios que ainda estão sendo construídos, o excesso de pichação me incomoda um pouco e a impossibilidade de resolver problemas de proporções bem maiores como a corrupção, me incomoda bastante. Mas fora isso...

Gosto muito dos funcionários, gosto do meu trabalho e da possibilidade de fazer coisas simples que fazem muita diferença. Gosto do gosto de cada pequena vitória. De cada praça mais bonita, de cada munícipe mais bem atendido, de cada sorriso e bom dia conquistados... de alguns abraços apertados inigualáveis. Gosto de poder trabalhar na realização do que acredito que é importante e de ter a tranquilidade de saber que para a Soninha também é; de saber que posso contar com seu respaldo.

Me apaixonei por cada pedacinho, cada olhar e cada possibilidade.

Mas quem ama sofre...

O que a Sub Lapa tem, não sei, só posso dizer o que tenho hoje: Satisfação e tristeza.

Satisfação com letra maiúscula por ter que trabalhar num sábado frio como o de hoje, mas podendo ver o resultado do meu esforço - somado ao de outros, claro. Não saiu tudo perfeito, mas foi praticamente. Inicialmente fiquei me perguntando porque era que eu havia inventado de levar tantas coisas a uma feira de saúde e culpei a pessoa que não foi comigo a reunião e que poderia ter me puxado para o chão, prometi para o Paulinho que foi instalar o equipamento de som que não nos colocaria mais nessas roubadas, mas no final, foi tão bom!

O primeiro grupo a se apresentar não apareceu (pudera, com o frio que estava!), mas parece que ninguém percebeu... em compensação, a palestra sobre meio ambiente, consumo e saúde foi excelente, a Maluh Barciotte foi ótima como sempre! O coral Sinfonia Plena da terceira idade que ensaia no Tendal também fez sucesso, tomo mundo adorou! O único problema é que depois do coral quase todo mundo foi embora e o músico que ia tocar em seguida ficou sem público. Ele toca flamenco, claro que eu amei, mas fiquei sem graça pela falta de gente pra assistir. Enquanto isso, o Fernando da Sugesp se empolgou dando Tai Chi Chuan e até tinha bastante gente lá, mas como ele não terminava e não tínhamos coragem de interrompê-lo, acabei indo com o Jefferson Lima (do violão) para o Tendal encontrar a Maíra que estava assistindo a orquestra da qual o Marçal (também de Sugesp e professor de Lian Gong da Sub) faz parte. Almoçamos e fui ver como estava um mutirão que acontecia na Praça do Maçom por iniciativa de algumas lojas. Fiquei absolutamente encantada com o que já haviam feito e com o que ainda estavam terminado. Tudo feito com tanto capricho e cuidado... E eles ainda me agradeciam! A gente só fez o básico do básico, mas foi tudo muito elogiado (limpeza, corte da grama, pintura de guias e muro, etc.), fiquei bem feliz. Amanhã pela manhã voltaremos à Praça para a entrega oficial do compromisso de adoção da praça por essas três (parece que agora quatro) lojas maçonicas. :)

Depois virá a parte triste, (eu não tenho que ir, mas quero): o lançamento da pré-candidatura da Soninha ao Governo do Estado.

Sei que isso vai ser importante para que ela e principalmente suas ideias fiquem mais conhecidas e tudo mais, mas... sua candidatura também significa ter que se licenciar da Sub Lapa (sem nenhuma garantia de retorno) até abril do ano que vem. E aí mora a minha angustia, meu desespero quase calado, minha tristeza quase cronica.

Não pretendo sair da Sub Lapa, quero continuar lá (se não me exonerarem do cargo e tiver que automaticamente voltar para a Saúde), mas sei que não será a mesma coisa. Sei que sem o respaldo da Soninha tudo o que já é difícil, será muito mais. Não quero ter que ficar escondida atrás de uma pilha de processos esperando o momento de poder voltar a trabalhar, quero trabalhar agora e sempre, mais e mais. É o que satisfaz. Mas se escolher continuar como servidora... sei bem o que me espera, e já me desespera!

Pense na satisfação de amamentar o seu bebê e ver ele se desenvolvendo doce e forte, mesmo que com alguns problemas de saúde. Agora imagine como seria se tivesse a certeza de que terá que deixá-lo antes de terminar de amamentar e que muito provavelmente não poderá vê-lo crescer. É assim que me sinto hoje, apaixonada pelo meu bebê... que talvez nem seja meu, e que sua mãe de verdade vai levar pra outro lugar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

É o que me interessa

Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem
Quem vai virar o jogo e transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado só de quem me interessa

Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Por trás do seu sossego, atraso o meu relógio
Acalmo a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussure em meu ouvido
Só o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa

(Lenine)

domingo, 9 de agosto de 2009

Moradia


Vem vindo uma marcha do MST que vai ficar em São Paulo de 10 a 14 de agosto, são cerca de 1000 pessoas que precisam alojamento e um espaço para fazerem a comida de todos eles. Queria ter ajudado a conseguir isso, juro que tentei, mas não rolou nada. Detesto quando não consigo resolver as coisas. Mas fiquei sabendo tão encima... espero que tenham conseguido tudo.

Ontem meu irmão e minha sobrinha estavam em casa e sugeri que fizéssemos um pequeno passeio pelo centro. Quero muito que meu irmão venha morar pra cá, pra ver se consegue aproveitar melhor a vida e se animar mais com as coisas, pois perder quatro horas no "buzão lotado" todos os dias, tem matado sua alma de artista.

Aproveitamos pra começar a procurar apartamento para eles dois. No começo estava toda animada, mas depois, vendo os preços, ai... pqp! Difícil não desanimar. Chegamos a clássica conclusão de que não vale a pena alugar, seria muito melhor comprar. Qual o problema? Não temos nem pra dar a entrada mínima de 20%.

Fazia tempo que eu não reclamava disso, mas preciso dizer de novo: como é caro morar! Não é à toa que cada dia que passa tem mais gente morando nas ruas! Aliás, outro assunto que me pega do qual nem vou começar a falar, pra não ficar nervosa, angustiada e ainda correr o risco de perder o emprego, quer dizer, o cargo, porque agora sou funcionária pública efetiva e não podem me mandar embora mais (na verdade ainda tem 3 anos de experiência, mas dizem que passa rápido), eu já tinha contado isso?

Bom, se acharmos um lugar legal para o meu irmão por aqui acho que vai ser muito legal! A Potyra conheceu a Biblioteca Monteiro Lobato e já se empolgou com a idéia de morar pertinho de tantos livros! Oxalá de certo! A tarde estava gostosa e foi tão bom fazer algo tão simples...

:)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Um pouquinho de mais do mesmo

Um amigo com quem conversava por e-mail esses dias disse que nem sabia que eu estava na Subprefeitura com a Soninha, eis o meu resumo resumido:

"Pois é, foi tudo tão corrido no começo do ano que nem deu tempo de contar ou comemorar a ida para a Sub. A Soninha já havia dito (na verdade escrito) a mim e algumas outras pessoas que nos queria com ela em uma possível Subprefeitura, e eu não sei pq, tinha tanta certeza disso que no mesmo dia do discurso da posse, já arregacei as mangas e comei a trabalhar. Outras pessoas acabaram não indo ou demoraram muito, porque os cargos, ao contrário do que dizem, não são muitos não.

Amo demais o meu trabalho, apesar de muitas vezes ser frustrante e desesperador... é que estar no gabinete de um "executivo" nos possibilita fazer coisas simples que fazem muita diferença, o que é extremamente gratificante. Por outro lado, uma das coisas que mais me incomoda é a demora... ai, tem horas que dá vontade de arrancar os cabelos! Coisas simples às vezes demoram semanas ou meses!!! Inclusive por isso, se eu pudesse fazer um pedido para o gênio da lâmpada, pediria que adiasse as eleições. Como eu queria não ter que interromper as coisas legais que estamos desenvolvendo...

Nesses meses que passaram vivi tanta coisa que é difícil acreditar que tenha sido tão pouco tempo. Foi repleto de altos e baixos... quis chorar qd saiu minha nomeação... quis comemorar quando subi de cargo... quis chorar quando a Prefeitura me chamou pelo concurso... depois, me conformei e até fiquei feliz, mesmo sabendo que como efetiva passaria a ganhar menos. Com nossos eventos foi a mesma coisa, umas coisas davam certo, outras errado, algumas pessoas me amavam, outras me odivam... Segurar tudo isso foi fácil não. Às vezes nem acredito, às vezes até esqueço..."

Já nem sei mais o que, mas preciso comemorar, e MUITO! :)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O amor tem dessas coisas...

Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond

Isso me lembrou uma história...
Certa vez, quando minha tinha morava no interior do Paraná, estava em sua casa um amigo conversando com o marido enquanto afiava o facão. Ficou horas fazendo aquele fio com extremo capricho. Quando por fim parou, vendo minha tia distraída, foi provocá-la brincando como se fosse fachucá-la. O homem apenas encostou o facão perto de seu calcanhar. Foi o suficiente para a perna dela começar a sangrar. O marido já ia pra cima do amigo quando se deram conta de que o sangue que jorrava era preto. Minha tia estava com tetano e não fosse a brincadeira, em pouco tempo teria perdido o pé. O sangue contaminado precisava sair. E assim ela se salvou, por um triz.

Voltando ao poema...
Se eu não me desesperei? Acho que nos primeiros momentos sim, mas depois... acho que percebi que precisava deixar sangrar e... me deu um subito de felicidade! Como se tivessem me dado de volta a liberdade - mesmo sem tê-la perdido.

E assim sigo...
Hoje?
Sorrindo!

: )

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cusque o Que Custar

Última semana de férias! Ai...
Não queria que acabasse, mas... Bom, pelo menos hoje consegui fazer algo muito raro: saí cedo, às 19h meu computador já estava desligado :)
Cheguei em casa e...? E... não sabia o que fazer!!!
Absurdo absoluto!
Era muito tempo pra ficar sem fazer nada e pouco pra começar a arrumar minhas pilhas de caixas, papéis, notas, livros e etcereas.
Fiquei na internet, mas já faço isso o dia inteiro, apesar de ver outras coisas, não aguentava mais. Resolvi ouvir o CD que meu pai me deu com um monte de músicas baixadas da net (Lenine, Mayra Andrade, Juliana Amaral, etc e tal), me animei um pouco, mas não durou muito. Resolvi me entregar a TV, fazer o quê? A verdade é que às segunda de noite não tem nada melhor!
Dei muita risada com o CQC, fiquei curtindo minha gata e minha casa, e não queria mais nada!
Fico inquieta de perceber que meu escasso tempo livre está com os dias contados e não fiz quase nada do que precisava... mas acho que o que mais me incomoda é perceber o quanto não sei o que fazer quando consigo limitar o trabalho a um horário.
Fico perdida, não sei curtir a vida!
Cara***, só trabalho!
Que coisa, não sei fazer outra coisa...
Mas isso vai mudar. CUSTE O QUE CUSTAR!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Benditos os feriados, benditos!

Ai… nada como um feriado!

Na quarta trabalhei até a meia noite, fiquei arrumando a sala e principalmente, as minhas pilhas de papeis. Comecei puta da vida com um monte de coisas e terminei extremamente satisfeita com o meu trabalho, simples, mas que o complexo nunca me permite uma brecha para fazê-lo.

Pretendia durante os quatro dias que tinha pra ficar em casa aproveitar que minha mãe vinha me visitar e fazer o mesmo na minha casa. O problema é que em casa tenho umas dez vezes mais bagunças que no trabalho, e que... Feriado foi feito pra descansar, e mãe pra curtir – pelo menos quando passa muito tempo longe como a minha.

No final das contas, na quinta passei o dia inteiro descansando (pois fora o estresse da curta semana, quase não tinha dormido durante a noite). A sexta não foi muito diferente, até porque, quando terminei de me arrumar pra sair, depois de há muito custo vencer a preguiça, começou a chover.

Sábado, mesmo embaixo de chuva, fui comprar algumas coisas com uma amiga. Cheguei em casa toda molhada, mas feliz de ter uma coisa a menos pra fazer e por ter encontrado minha sobrinha e meu irmão em casa junto com minha mãe. É muito, muito raro eu ter um momento família desses!

Assisti de novo ao filme "Quem quer ser um milionário?", que já tinha assistido na noite anterior. Não pretendia assisti-lo todo, mas fiquei cuidando do que minha sobrinha podia ou não ver e quando dei por mim já estava quase no fim. Achei o filme excelente. Quando ouvi o nome e depois vi a capa não me interessei nada, aluguei pra agradar minha mãe e a Ana Paula. Mas achei genial a forma como apresenta a Índia e me apaixonei pelos atores, principalmente as crianças. Agora escrevendo me lembro de ter ouvido alguns rumores de alguém que tinha odiado e alguém que tinha amado o filme, ou qualquer coisa assim, quando ainda estava em cartaz. Parece que já faz tanto tempo...

Fui à locadora devolver o filme e peguei o que tinha ficado com vontade de assistir: "Persépolis" filme baseado em quadrinhos de tirinhas sobre a mudança de regime no Irã. Conta a história de uma menina de nove anos, inteligente, sensível e muito contestadora. Lembrava de mais a minha sobrinha Potyra que tem oito anos, não pra menos, ela não desgrudou o olho do filme, apesar de no final não ter gostado por achar muito triste. Procurei explicar minimamente o que era um ditador e porque os comunistas eram perseguidos. A ela também lhe pareceu um absurdo a obrigatoriedade do uso do véu dentre outras restrições. Disse a ela que o filme era triste porque era baseado em fatos reais. Dos quadrinhos? Bom, não sei se os quadrinhos se basearam na vida de uma única pessoa, mas sei que se baseiam na história do país.

Era meia noite já e nada da minha sobrinha querer dormir. O pai dela deixou que ligasse a TV de novo (enchi o saco dela pelo excesso de TV, mas vá lá), acabei assistindo mais um filme com ela: "A dona da história", brasileiro, bem água com açúcar, mas bem gostoso. O casal protagonista se conhecia em uma passeata contra a ditadura, comentei com a Potyra que era dia de conhecer as histórias dos diferentes países. Tentei explicar um pouco da nossa, mas de leve, eu juro.

Aproveitei o restante da madrugada pra cuidar um pouquinho de mim. Fui dormir umas seis e pouca e não me sentia nada bem. As 13h recebi mensagem de um amigo com quem tinha ficado de ir à Paranapiacaba e acordei. Nos combinamos e lá fomos nós (com minha mãe e outra amiga dele) de trem ao Festival de Inverno. Que frio, mas que delícia!!!!! Tomamos caldo, chocolate quente, assistimos ao show da Luciana Melo e voltamos. Tão simples e tão bom. Aquela cidade me encanta! ... o que me fez pensar que... às vezes a vida é tão boa!


Mas quando cheguei em casa... mergulhei no sofá e não queria sair de lá nunca mais! Bom, na verdade, não queria trabalhar nunca mais, ou ao menos, não no dia seguinte. Minha mãe me dizia: "Pero, tu amas tu trabajo!" e eu dizia que ela não entendia. Na verdade, acho que nem eu entendia.

O certo é que o errado tomou conta de mim. Estava fazendo um esforço imenso para não me estressar, mas teve uma hora que não deu. Esta semana só com dois dias já conseguiu ser pior que a passada que só teve três, e que também não foi nada fácil.

A comunidade na qual estou trabalhando para fazer o próximo mutirão vai haver uma desocupação dos barracos, ontem me ligaram reclamando e hoje fizeram manifestação. É a Secrfetaria de Habitação que cuida disso, mas não tem como não se envolver, principalmente no meu caso. Fiquei com o coração super apertado. E essa foi só uma das coisas que não deu certo...

E paro por aqui, porque de destruída por hoje já basta eu. - (e pq amanhã tenho que estar nova de novo!)