sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Querendo ser árvore…

Depois de ter passado uma semana doente, ainda encafifada com as constantes recaídas, saí da terapia e nem quis saber de PUC, só resolvi fazer outro caminho.

Ao descer a Ministro de Godoy passei por uma das entradas do Parque Água Branca e pensei que seria mais agradável descer por dentro do parque, mas como boa paulistana que me tornei, resisti ao convite / tentação....

No entanto, ao chegar ao outro portão por onde podia estar saindo, me dei conta da oportunidade que ia perdendo e resolvi entrar. Perguntei que horas fechava, tinha tempo de sobra! Fui ver os peixes e depois achei um banquinho em meio a algumas árvores.

Olhei pra cima e não resisti: deitei no banco pra ficar contemplando as árvores de baixo pra cima, suas silhuetas e folhagens das mais diversas... algumas folhas tão grandes, outras tão pequeninas... no quesito estatura também eram completamente variadas!

Fiquei viajando no quanto a natureza é perfeita e no quanto temos que aprender com ela. Todas convivem ali justas – por mais diferentes que sejam – em plena harmonia.

O segurança do parque veio dizer que não podia ficar deitada, mas expliquei que queria admirar as árvores por aquele ângulo e ameacei brincando sentar de cabeça pra baixo. Apesar de não entender o que eu via de mais, depois de explicar o porquê da regra, acabou permitindo que eu ficasse ali uns 15 minutos.

Concordei com ele quanto à vulnerabilidade da posição, ele puxou papo sobre a faculdade, começou a contar que a filha queria fazer jornalismo, mas logo disse: “deixa eu ir que se não você não vê o que tem que ver aí”. Achei muito legal a sensibilidade e respeito que teve com o que de alguma forma entendia mesmo sem entender. :)

Foi ali refletindo que me dei conta que havia uma parte de mim que parecia estar fora aproveitando o espaço para dançar, o tempo todo! E cheguei à conclusão de que não deveria parar de dançar, ao contrário do que andava pensando em fazer por conta da constante falta de tempo e necessidade de me dedicar mais ao mestrado, dentre outras intempéries.

Foi ali também que decidi deixar minha criança interior dormindo, pra ver se assim consigo me concentrar mais nos meus afazeres, objetivos e metas de mudança de vida que sinto que são urgentes.

Sei não se vai funcionar, pois, assim como a dança, é parte mais que essencial desta minha vida. Por outro lado, a gente tem que ir testando mudanças até encontrar um jeito de ajeitar as coisas sem se deixar estagnar, não é mesmo? Mas alerto que é uma medida drástica, não recomendável para menores de 100 anos! rsrs...

Essa é pra minha criança, que espero muito em breve possa voltar a aprontar todas!

E assim seguimos, vivendo e aprendendo. Até o fim. Quanto à visita ao Parque, essa mais que recomendo, para todas as idades!!! =D