Hoje ouvi no rádio que diversos membros do ETA - movimento considerado terrorista que defende a independência do "País Basco" que hoje pertence ao norte da Espanha e à França... (como pode um país pertencer a outro país? Pois é...) - foram presos.
Conheço pouco sobre o ETA, mas o que conheço quero aproveitar o "ensejo" para dividir aqui. Segue então uma resenha sobre uma aula fantástica que tive - organizada pelo Prof. Rafael Araújo - sobre alguns aspectos dessa longa história... é um cadinho cumprido mas não dá nem pra perceber! ;)
Terrorismos: ETA e meios de comunicação
No dia 23 de outubro de 2007 os alunos de sociologia IV da Escola de Sociologia e Política de São Paulo contaram com uma aula especial: um debate que trouxe diversas questões relacionadas ao terrorismo na Espanha, contando com a presença de Manuel Sanches Duarte, doutorando da Universidad Rey Juan Carlos de Madrid, e do professor Doutor Marcos Ferreira Santos da Universidade de São Paulo. Envolventes, os dois fizeram abordagens bem diferentes, resultando em um quadro bastante completo e verdadeiramente rico.
A primeira palestra intitulada “Do silêncio à saturação informativa. Vítimas do ETA e a Mídia” de Manuel Sanches Duarte nos apresentou estatística do quanto mudou a posição da mídia com relação aos ataques do ETA: antes nada transmitia sobre o assunto mas, desde 1994, passou a veicular cada vez mais informações sobre os ataques e principalmente sobre as vítimas destes, que passaram a ter suas vidas publicizadas. A população, talvez sensibilizada pelo fato de também poder vir a ser uma vítima, passa a se interessar pela vida dessas pessoas que se tornaram um negócio altamente rentável para os meios de comunicação.
Atualmente, tudo o que a mídia espanhola veicula deve estar de alguma forma ligado ao terrorismo, se não, não há interesse em transmitir. Esse fato faz com que tenhamos a impressão de que o ETA tem feito muito mais ataques do que em qualquer outra época, o que não é verdade. O que houve foi uma mudança de estratégia que consiste em escolher vítimas de visibilidade e personalidades públicas. Outro fator intrigante é o fato de darem muito mais destaque aos ataques do ETA sendo que, sobre os ataques de outros movimentos é quase impossível encontrar informações.
Infelizmente, parece não haver interesse dos poderes governamentais e midiáticos para solucionar o problema do terrorismo, pois, para ambos, se tornou uma peça do jogo importante que traz “benefícios” de interesse político e econômico.
O professor Marcos Ferreira Santos com a palestra “ETA, Mitologia Basca, Terrorismo Lingüístico e Mídia” praticamente nos levou até a cultura do país Basco, destacando a forte presença da mitologia, a qual é ensinada às crianças em Euskara, língua original que permaneceu viva, mesmo com a ameaça do Estado espanhol que não permitia que se falassem outras línguas. Atualmente a qualidade de ensino da escola euskara é considerada superior a da escola espanhola.
A mitologia traz consigo muitos dos valores desse povo, que tem grande respeito pelas mulheres e pela Deusa Mari, a grande mãe, que tem diversas representações com os diferentes elementos, mas que pode ser comparada a Pacha-mama (mãe Terra dos ameríndios). Dentre as personagens apresentadas, destacamos o gigante do machado, que tem por dever proteger a Terra, e o marido de Mari, uma serpente. O machado e a serpente compõem o símbolo do ETA tornando compreensível o senso de dever que os jovens que participam desse movimento de libertação têm de proteger sua terra (Mari) do Estado que a usurpa. Não é possível afirmar se essa relação é consciente ou inconsciente, mas tampouco é possível afirmar que não exista.
Durante o debate os alunos se mostraram bastante interessados e fizeram várias perguntas, uma delas indagava sobre a adesão a esse ideal de libertação da população basca, que parece ser maior em algumas partes e menor em outras, mas, ainda ficou a questão quanto. – (deu vontade de ir fazer um plebiscito!)
Talvez a repressão a essa cultura seja justamente o que fez com que se fortalecesse, no entanto, muitas outras não resistiram. Pode-se perceber que as guerras, atrocidades e violência sempre se dão por um querer impor a sua verdade a outro. As diferenças precisam urgentemente ser respeitadas. As sociedades estão virando uma massa homogenia e estamos perdendo nossas verdadeiras riquezas.
O que mais incomoda, é ver como o capital de tudo se aproveita, como as pessoas ganham dinheiro fazendo sensacionalismos e como as outras consomem tudo. A mídia também faz terrorismo, mas não pode ser processada por isso, por quê? Como seria se apresentasse uma aula como a que nos foi proporcionada? Será que a compreensão facilitaria a solução e isso poderia significar prejuízo? Por que a mídia quer nos convencer de que o mundo não tem solução? Para que continuemos consumindo? Com certeza não há uma única solução, são várias, nos mais diversos setores e de acordo com as peculiaridades locais. Todas são importantes, mas, uma delas é fundamental: a democratização dos meios de comunicação.
7 comentários:
DIOS! Deberías informarte muuuucho mejor antes de informar. En mi opinión, estás haciendo justamente lo que la mídia hace: informar mal. No contar la veracidad. No investigar, no buscar la fuentes, la historia, lo que originó esa noticia.
También opino que deberías juzgar conociendo primero los hechos, de preferencia en primera persona ("no por lo que me han contado"). Te podría servir leer libros de historia(de una fuente veraz, claro), ya que es dificil que, por lejanía, puedas ir al País Vasco.
Además, el motivo principal que una parte de los vascos quieran la separación es por motivos ECONÓMICOS(incluso ETA, hoy en día, se mueve más por dinero que por motivos de independencia). La provincia vasca es la más rica(claro que tiene que tener las mejores escuelas. Igual que en Alemania y otros países ricos tienen las mejores escuelas. Y puede que el sur de Brasil también tenga las mejores escuelas).
El País Vasco no es la única provincia. España tiene 17 PROVINCIAS AUTONÓMICAS, CADA UNA CON SU CULTURA E HISTORIA. También los gallegos, los catalanes, los valencianos, los baleares fueron impedidos, EN LA ÉPOCA FRANQUISTA, de hablar su idioma.
Sin embargo, esto no quiere decir que yo esté en contra de su independencia.Es bastante probable que en un futuro la consigan.
Y sobre cultura, te recomiendo que conozcas culturas de otros pueblos, no sólo de España, sino incluso de la de tu país. ¿Porqué no empiezas con la de los pueblos indígenas? Del poco caso que le dais, de la matanza de sus defensores y de la propia población? Ah, claro, la mídia no le da tanta importancia, ¿será que es porque no hay motivos económicos por medio?
Y ¿qué es lo quiere decir "democratización de los medios de comunicación"? Eso no querrá decir que los medios de comunicación están obligados a decir lo que se les mande? De dónde sacas esa información?
De la conferencia? Por el nombre no creo que la haya impartido nacionalistas (...víctimas DE ETA Y DE LA MÍDIA).
Guao! Gracias mamita, no sabía nada de eso. Solo recuerdo que alguien me dijo, creo que Titi, que había ido allá con Manolo y le había parecido bellísimo, limpísimo, las personas educadas, amables, bellas, y entendía la razón que tenían de querer separarse de España.
Hola titi!
Cómo quisiera tener tiempo para contestarte mejor. Por ahora, solo te digo que en ningún momento he defendido la actuación de ETA, que dejo claro que sé poco sobre ellos y que creo que eso no ser una especialista en el asunto no deve impedirme de hablar de el, incluso por que nombro los especialistas que me passaran la información, que quizás yo no la tenga pasado bien.
De todos modos, también te sugiero algo, que leas el post de nuevo sin buscarle tantos defectos, apensa entendiendo lo que dice y no lo que piensas que quiere decir. ;)
Ya verás que cambiará, puesto que mucho de las respustas que podria darte, están en el próprio texto.
Y pronto sigo para responderte lo que falta.
besitos!
Es verdad que no he leído tu post con una profunda comprensión. Lo he vuelto a leer, ahora más detenidamente.
Los dos últimos párrafos son auténticamente tuyos y es la conclusión de lo que significa para ti la represión a una cultura y los efectos negativos de la mídia. Estoy de acuerdo contigo en eso.
He percibido que casi todo lo que escribes es una síntesis de la conferencia que has asistido. No son opiniones tuyas, sino de otros que tú has rescrito aquí. Quizás hayas hecho lo mismo que yo hice en el comentario anterior: coger los aspectos que más han llamado tu atención.
Ahora escribo otra vez mis críticas, y no para fastidiarte. Si la política te interesa y es a eso a lo que te vas a dedicar, creo que tendrás que acostumbrarte y aceptar críticas.
En el primer párrafo cuentas una noticia con la sensación de que es mala. Llego a esa conclusión pues entre paréntesis te questionas de cómo un país puede pertenecer a otro país.
Estoy totalmente en favor de la libertad de expresión y de la manifestación de pensamietos/ideas pues no creo que perjudique a nadie. Excepto si eres político o un personaje importante/famoso en cuyas palabras/ideas puedan influir en los demás negativamente.En este caso, como todavía no eres famosa, entonces no pasa nada que defiendas a una banda que en sus inicios luchaba por la libertad de su pueblo, en la época de la dictatura. Sus crímenes eran justificables. La dictadura terminó hace 31 años. Y creo que desde entonces, el Estado democrático Español les ha concedido poco a poco los derechos que reivindicaban, menos la independencia que por problemas políticos que desconozco, todavía no se la han concedido.
Si tengo algo de conocimiento por uno de los motivos: la ahora banda terrorista sigue matando a personas (que aunque me ha parecido que tú lo justificas por seren "vítimas de visibilidade e personalidades públicas", primero son personas).
Si se convocara un referéndum, ya se les hubiera dado la independencia. Tanto los vascos, por cultura o economía y los demás españoles, porque están hartos del problema vasco, hubieran votado a favor de la independencia.
No soy una experta en el asunto, pero siempre me he interesado ese por el "conflicto" siempre que podía leyendo todo lo relacionado al País Vasco. Pero me ha llamado la atención en estos últimos años, sobre todo desde que Zapatero está en el poder, que, aun siendo muy criticado, propuso, creo que por vez primera en la história de España, dialogar con el Gobierno Vasco (primer paso oficial para una posible independencia). Justo cuando ya faltaba poco para que ese hecho histórico tan importante para los vascos se concretara, ETA rompe la tregua y asesina a fulano de tal. No entiendí porqué lo hicieron. Parecía que querían entorpecer las negociaciones. Me pregunté qué necesidad tienen para matar en los tiempos que estamos. Si realmente quieren la independencia, ¿porqué no eligen la vía pacífica que han elegido otros pueblos? (Ahí está Ghandi de ejemplo, en tiempos en que la democracia y los derechos humanos todavía no estaban en el auge como hoy en día).
y sigo...
Puedo justificar que en tiempos de Franco tenían que matar, pues también el bando de la dictadura hacia lo mismo.
¿No será que es realmente lo que afirman algunos, que ellos no son más que una banda que extorsiona y tendría su fin si el País Vasco logra su independencia?
Otro dato interesante es que los vascos franceses no quieren ni siquiera hablar el euskera, menos independizarce de Francia. ¿Porqué no? Pienso que si la frontera fuera con Portugal (país económicamente inferior a España)en vez con Francia (económicamente superior a España), los sentimientos culturales/independentistas serían otros.
En el post dices que la mídia está interesada en los crímenes de ETA (lo que es cierto), pero también ETA está interesada en salir en la mídia. Nada más tienes que tomar de ejemplo las cinco bombas (con dos polícias muertos,con una edad inferior de 30 años, o sea, no eran franquistas), con enormes destrozos en varios puntos estratégicos de Palma de Mallorca este verano. Esa isla vive del turismo de verano, mayoritariamente de ingleses y alemanes. ¿Con qué finalidad pone ETA una bomba en una isla que también es independentista? Pues llamar la atención de la mídia del exterior.
;)
Claro que acepto críticas y incluso te las agradezco, pero aceptar no significa tragar sin discutir, y además, no contestarte seria mucha malaeducación de mi parte.
Yo realmente no tengo la menor condición de discutir con propriedad sobre algo que pasa tan lejos y de lo que conozco tan poco. Lo que oí de verdad me hizo acordar que había un pedacito de la história de que le conocia algo.
Tampoco estoy de acuerdo que se mate gente sea por lo que sea, pues, un ser humano será siempre más de lo que parece, en alguna parte seguramente tendra alguna buena intención y algun sentimiento (nenhum ser humano é apenas monstro, nem dentro nem fora dos carros), pero el foco de la questión en lo que escrebi estaba el la mídia y no en los derechos humanos.
Sobre la mídia, piendo que no debemos tragarnos todo como si fuera pura verdad, puesto que la verdad tiene muchos lados. La democratización de los medios de comunicación trata de que el produzir información sea un derecho cercano de todos, que no exista un monopóleo de la información como tenemos aqui la Globo y algunos periódicos. Los blogs son una forma de democratización, porque permitem el diálogo entre el emisor y el receptor, mientras que la tele no te lo permite. Aqui, los domingos por la tarde, sigue pasando Faustão y Silvio Santos, te lo puedes creer?
Pero regresando al asunto, lo que el tipo que estaba desarollando su tesis te doctorado en la Universidad Rey Juan Carlos nos enseñaba por los gráficos era que el alborozo que hacen hoy por los ataques de ETA es tan grande que parece que los crimenes han almentado, mientras que en verdad, disminuieran. Además deja claro - a mi - que la mídia también gana con eso vendiendo como água todo sobre lo que se refiere a las victimas, a punto de un español saber más sobre una de ellas de lo que sobre el rey o alcalde. Eso lo comproba en su tesis y tiene como provarlo. Y no estoy de acuerdo que se pongan a ganar dinero informando todo y un poco más sobre las victimas esas.
El profe que habló sobre la mitologia hizo su livre docência (el "pós-doctorado") relacionando la mitologia basca a la mitologia ameríndia, es profesor de la USP y incluso fue prodesor de Ralf. Creo que lo que nos presentó nos enseña un otro lado que pocas personas conocen y que es tan bello para caer en el desconocimiento... puede que ya no sea nada así allá, pero es de esa condición histórica que vienen.
No estoy en contra o en favor de ETA, pero me admira su corage y persistencia, y además, despues de tener esa clase, su história - o por lo menos su mitología.
Cuando yo pueda regresar a visitarte, iremos juntas a conocer el país basco o vasco. vale? ;)
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