A suposta "ditadura" de Chaves na Venezuela? A "queda" de Fidel Castro? Os presidentes de "esquerda" da América Latina? As últimas eleições dos EUA e a "vitória" de Obama? O "populismo" do Lula? O recém conquistado lugar do Brasil como potência econômica?
Mas pediram para ler os Temas de Política Externa Brasileira II que foi publicado em 1994, não vai ter dessas coisas... imagino (vai saber! Será que tem alguma futurologia certeira?). Na verdade meu desespero é justamente não ter conseguido ler os dois volumes desse e os Desafios da Globalização, que imagino seja de onde vão tirar algum tema para discutirmos com os autores clássicos. Se cair alguma coisa que dependa minimamente de entender história, tô f*-di-da! Ai.
Bom, vamos tentar organizar o que já temos, em quais assuntos os 8 livros que deveria ter lido se encontram.
1) A Política Externa Brasileira e o "Sentimento de Exclusão"* > Globalização e exclusão social** > Roussseau (liberdade, desigualdade e propriedade***) > La Boétie (a servidão voluntária****, o povo se deixa enganar facilmente por promessas falsas) > Maquiavel (o príncipe deve parecer bom e honesto, o que não significa que seja, pelo contrário, deve também saber fazer o mal e saber quando utilizá-lo).> Será que por tudo isso a exclusão social se mantém e seguirá a se manter? Ao menos no Brasil o Estado tem se fortalecido, as políticas públicas de distribuição de renda vêm aos poucos diminuindo a exorbitante desigualdade social e esse "sentimento de exclusão" com relação à política externa já está mais do que superado – mas talvez tenha dado lugar a uma euforia que procura constantemente ser freada pelo receio de que a história se repita, de que apesar de todas as boas condições encontradas no momento para se mudar a nossa história, elas só venham a reforçar e aumentar o abismo social existente.
* Abdenur em 1994 escrevia sobre o sentimento de exclusão dos brasileiros com relação à política externa alimentado pela imagem internacional negativa que encontrava suporte em problemas internos, como a má distribuição de renda. Concluía ele que ao se fazer uma analise com serenidade, se veria com clareza que não havia motivos reais para que tal sentimento se mantivesse, visto que o Brasil contava com boas condições a seu favor.
** Elimar Pinheiro Nascimento, analisando a relação entre globalização e exclusão social, afirma que o mercado ou os mercados são criadores naturais de desigualdade. Assim, a mundialização, acompanhada pela ideologia neoliberal, tende a acentuar a desigualdade e, por conseguinte, a exclusão. A minimização do Estado também colabora para essa acentuação, considerando que, segundo Rousseau, ele se estabelece para fazer o enfrentamento da desigualdade.
*** "fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma usurpação sagaz um direito irrevogável e, para proveito de alguns ambiciosos, doravante de todo o gênero humano ao trabalho, à servidão e à miséria".
**** as pessoas se acostumam a servir de tal modo que é como se fosse natural, a geração que já nasce na servidão, não se revolta, pois não conhece o que é a liberdade... Mas a servidão voluntária não seria de certa forma um "pagamento" a uma suposta segurança que Hobbes defende poder existir com o Leviatã no caso de todos concordarem em estabelecer esse "pacto"? No lugar de todos terem que se preocupar com sua segurança na guerra de todos contra todos, apenas um se preocuparia. Mas o problema poderia se agravar se esse um, no lugar de defender, ameaçasse (mais um tirano, que talvez terminasse morrendo pelas mãos de alguém próximo que não agüente mais "servir bem para servir sempre" com a constante sensação de que o sempre pode não chegar ao dia seguinte).
Nossa! Que bagunça! Será que dá pra entender algo? Vou publicar assim, depois se for o caso corrijo. Agora, já passou muito da hora de dormir – e nem vi!
3 comentários:
Nossa! que bagunça mesmo! Não se deem ao trabalho de tentar entender... quando sobrar um tempinho faço um texto decente com essas anotações. Ah! A prova foi sussa!
SUSSA ???
hahahaha!!!
Sossegada, sucinta, tranqüila, fácil, no stress: Sussa!
:)
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