segunda-feira, 27 de abril de 2009

Mutirão da Lapa (o primeiro)


Outra saborosa satisfação!




No mutirão do mês passado (o primeiro de todos) me estressei tanto, tanto, (antes e durante), e depois foi tão difícil segurar o resultado da minha frustração por não ter sido tudo perfeito (dentro da minha concepção, claro), que desta vez resolvi não me estressar. Pra não dizer que não me estressei com nada, fiquei irritada com a demora de uma confirmação, porque me obrigava a segurar a divulgação, e se não tiver divulgação com antecedência, dá pra imaginar o que acontece, né? Mas soltei a divulgação assim mesmo. Não confirmaram. O maracatu que ia abrir o evento e que eu havia entendido que já estava confirmado, também não poderia ir. Isso era terrível, pois é com o cortejo do maracatu que conseguimos chamar gente. Pedi pra tentarem outro e de novo, fiquei presa para soltar a segunda divulgação já com as alterações. A recreação esportiva também foi cancelada na última hora, pois todos estavam ajudando a preparar o Rali de Domingo; mas... pela minha insistência e drama o supervisor ficou de ver o que conseguia - o que também ajudou a segurar a divulgação que praticamente saiu no último minuto.




Não conseguimos começar na hora, não tinha muita gente e ainda tive que ficar ouvindo as pessoas me dizerem o que já sei. Mas não sei explicar o porquê, sei que não me incomodou nem o fato de ter pouca gente, afinal, quantidade nunca foi sinônimo de qualidade. Foi tudo super tranqüilo e muito gostoso. As crianças, de todas as idades, ajudaram muito. Não choveu uma gota, o dia não foi nem de frio, nem de calor, perfeito. Deu pra projetar o cinema no muro em que começa um beco que queremos transformar, ficou show! Passamos o "Vida de Maria" (ganhador do festival Entretodos de 2007) e o "Somos todos Sacys", do Rudá de Andrade.





Fizemos um trabalho especial com uma árvore imensa e linda na qual sempre jogavam entulho, fizemos um jardim no lugar que ficava o entulho e colocamos um varal com cartazes das crianças pedindo para não jogar lixo e ajudar o planeta. Os pequeninos gostavam mais de plantar, os maiorzinhos de pintar. Foi muito especial!




O supervisor não pode enviar professores, mas mandou bolas, raquetes, cordas, banboles... e a criançada de divertiu horrores! No final já conhecia as crianças e fiquei com um carinho especial pelo dono do restaurante de comida caseira e sua família que nos deram um super apoio! As crianças ganharam parte dos brinquedos e o pessoal do restaurante se responsabilizou por guardar e emprestar.



Trabalhei muito, muito e terminei tão satisfeita e tão feliz! As pessoas não tem idéia do que perdem!



Cheguei em casa cansada e confesso, incomodada com o fato de não ter pra quem contar. Fiquei feliz de ver a minha gata, mas... é tão estranho... o que vc faz quando ganha um jogo? Comemorar sozinho é totalmente possível, no entanto, têm dias que parece não ter graça nenhuma. Que mania de dividir, né? É que é o melhor jeito de multiplicar! Bom, Estou eu aqui de novo, dividindo com o mundo um nova experiência, muito boa! - Mas até pra isso vou ter que esperar, já que não tenho net em casa: j ...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Lenine e o suicídio


Podemos dividir as pessoas em não suicidas e potenciais suicidas? Tenho a nítida impressão de que sim. As vezes que me atrevi a tocar no assunto as reações foram ou um espanto absurdo de quem nunca pensou nem haveria de pensar nisso, ou uma naturalidade impressionante, como uma familiaridade com a questão. Ou seja, enquanto uns aparentemente nem se quer cogitam a idéia, outros não só já cogitaram como já tentaram. Claro que é algo que não se assume assim em qualquer ambiente ou sem certo constrangimento que talvez venha justamente da reação das pessoas que não compreendem e tratam o "rico suicida" como um "pobre coitado"!


Lembro que tinha o plano de escrever um livro sobre as razões para morrer (não consigo lembrar qual seria o nome, era tão perfeito, que droga de memória!), afinal de contas, como o meu senso de responsabilidade não me permitiria cometer loucura tão desejada sem dar uma explicação mínima às pessoas que me amam e que eu amo (e claro, aproveitar para passar o recado para as não tão amadas assim), o registro se faz necessário, apesar de que as razões são tantas que dificilmente poderei terminar um dia, até porque nem sei se terei tempo de começar. De qualquer forma é um projeto que talvez aos poucos comece, e por favor, se for por aqui, não se assustem!




E o que o Lenine tem haver com o suicídio? É que a junção das melodias, instrumentos, letras e a voz dessa pessoa se resumem para mim como algo que faz a vida valer à pena. Escrevendo assim parece tão pouco, mas para mim não é. Não mesmo. E hoje quero registrar aqui uma boa razão para viver: OUVIR LENINE!

De novo estou escrevendo no lugar de estar estudando e amanhã o dia vai ser bem puxado. Gostaria de ficar a noite inteira escrevendo sobre minha vivência com as diferentes músicas do Lenine, com as quais já chorei muito, já me indignei, já dancei, já dei curso! Mas como tenho que me policiar... só deixo registrado aqui que fui ao show dele no Sesc Interlagos e voltei absolutamente satisfeita, nutrida, energizada, recuperada, encantada!






Esses dias uma amiga disse que não entendia porque gostava tanto dele. Expliquei o que penso que seja: é que é a voz masculina de Yemanjá! A voz masculina sempre me agradou mais que a feminina, mas a dele em especial me traz algo que só o mar me traz; essa mescla de suavidade e leveza com força e profundidade. Não tira a dor, mas preenche todas as brechas com calor. Às vezes machuca, remexe, cutuca, mas em seguida nos envolve em um manto de calmaria e beleza.



É um tratamento intensivo mesmo. Queria poder agradecer a ele por tudo que me faz sentir... No entanto, como não tenho como fazer isso pessoalmente como gostaria, deixo aqui registrado para o mundo o meu agradecimento eterno a esse músico mágico que me faz tão bem! Muito, muito obrigada Lenine!




22.04.09 às 00h07

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fragmento de uma novela pessoal (banal, mas...)


Estou solteira. Ao mesmo tempo que é muito bom, é tão estranho...
Voltei a conversar comigo, a estar bem sem precisar de outra pessoa. É incrível a diferença que faz saber que vc só pode contar com vc mesma em comparação a saber que a pessoa com quem vc gostaria de poder contar não está, de novo. É tão besta porque aparentemente a situação é a mesma, mas não é. Hoje sei que tenho que fazer um papel que antes não cabia a mim por outra pessoa ter assumido. Parece loucura??
Acho que a minha maior revolta foi ter custado tanto a me acostumar a estar sempre com alguém, e quando por fim... ter que me readaptar a não ter com quem desabafar, a não ter com quem dividir as tarefas chatas de casa, a não ter o peito daquela pessoa que às vezes vc quer matar, mas que te acalma, te dá uma sensação mínima de proteção quando vc sente que o mundo quer te trucidar. Mas a gente se acostuma, sempre. Hoje está mesmo sendo muito bom estar comigo, e isso significa que está tudo lindo? Claro que não! Porque parece que a gente (eu e eu, e talvez vc) não abre mão de sofrer... ao menos um pouquinho. De repente a gente começa a lembrar de um monte de coisas boas, que ao menos por hora, deveria procurar esquecer, e claro, a inevitável pergunta vem à mente: "Mas por que não deu certo?"
Sabemos o porquê, mas não resistimos voltar até o instante em que nossa mente tem o registro de estar tudo lindo e perfeito (o que só pode ser uma falha da memória) e pensar que poderia ter continuado assim... Forever!
Ah, Doce ilusão, vai, segue o mesmo caminho da esperança e me deixa estudar em paz! Vai!
Por um instante pensei que seria tão bom se desse certo com uma pessoa e pronto. Que não tivéssemos que passar por tantas experiências dolorosas... Mas em seguida me dei conta do absurdo: imagine ter deixado de viver tantas coisas boas, tantas intensas experiências e nem tantas, mas consideráveis pessoas maravilhosas! Não, não poderia. O melhor da paixão (e talvez pior) é saber que uma hora ela passa, apesar de não ter nada mais fascinante do que estar apaixonado. É maravilhoso saber que cedo ou tarde a gente se apaixona de novo, mas hoje, só de pensar... chega a me dar gastura!
O triste do amor, e bonito, é que ele fica. O jeito é aprender a conviver com ele(s).

 

PS: Ai, já não lembrava como é bom desabafar com o teclado... e se quiser, dividir com o mundo inteiro!

Família Blogueira

Esses dias me dei conta do quanto minha família é blogueira, cada vez dou menos conta de acompanhar, mas quando dá um tempinho e consigo fazer uma rápida visita ao mundo vizinho... é tão, tão bom!

Outro dia entrei no blog da minha irmã que mora em Sevilha. Putz, que delícia! O meu blog comecei quando estava lá na casa dela, o dela começou este ano, e já está bem legal. Muito bom poder ver, ou melhor, ler a visão crítica de uma imigrante que até pouco tempo se sentia como a maioria dos imigrantes daquelas bandas. O blog dela é o titiritera.

O blog do meu pai (pluralf) - que adora a pluralidade e a mistura de palavras - tem normalmente a divulgação de algum evento envolvendo a "trupe da trópis", esse bando de artistas e produtores que ele praticamente criou, e vira e mexe entra alguma longa crítica, que confesso dificilmente leio até o fim, pois ele, como eu, quando começa a escrever não consegue mais parar... Além de às vezes me parecer por demais teórico para alguém já saturado da teoria da faculdade como eu. Mas vale conferir, viu?

My mother is the better! Ela consegue escrever absolutamente todos os dias! Geralmente descreve sua rotina, mas sempre tem algo interessante ou divertido no meio, além de também vez ou outra fazer relação com alguma história de seu fantástico passado, o que, ao menos para mim, é fascinante! A pedido meu ela preserva a identidade de todos e por conta disso, não sei se deveria passar o endereço, mas... aí vai: fiona de shrek.

Meu irmão - amado por uma considerável parte das mulheres, incluindo eu, sua fã número 1 - apesar de trabalhar, é músico e vagabundo. No seu blog sampa noturno escreve sem regularidade, claro; mas sempre vale uma visitada, e se não tiver nada de novo, uma vasculhada. Tem muita coisa boa e, de vez em quando, também aparece uma nova letra, poema, crítica ou conto que te arrancam da quadradez da tela e da vida e te levam para um outro lugar, ambiente ou situação. Definitivamente, muito bom.

E eu? Hoje aproveitando o feriado prolongado para escrever um pouco do muito que gostaria. Essa semana me dei conta de outra coisa: toda semana digo que vou parar de faltar na faculdade e que vou voltar a escrever no blog. É, está demorando, eu sei. Mas não é descaso não, é que é muita coisa mesmo. Mas eu não esqueço. Está anotado e uma hora vou conseguir, assim como vou conseguir acabar com boa parte da minha lista de pendências. Se der certo contratar a estagiária que pretendo, vai ser tudo mais fácil. :D... Sei, sei sim que não vai resolver tudo, mas vai ajudar bastante!

Enquanto isso? Além de todas as dicas acima, sugiro que espiem o blog da Soninha (gabinete soninha) que escreve esplendidamente e, pelo que descreve, dá pra ter uma boa noção do que vivemos todos os dias na Subprefeitura Lapa.

Ah! Não desistam de mim não. Uma hora eu vou conseguir.

Domingo, 19.04.09 às 20h40