Andar de ônibus! (coisa de louco)

Coisa de louco é pagar R$ 2,70 para andar 20 minutos! Mas louco mesmo é ter tantos ônibus em alguns lugares e tão poucos em outros.

Quase todos os livros que li (do começo ao fim) foram lidos nos diversos ônibus que pegava. Passava horas neles e muitos minutos nos pontos... Mas hoje só vivo isso quando vou pra zona sul visitar o meu povo, no dia-a-dia, posso reclamar não. Passam muitos ônibus no ponto da São João e apenas três linhas não passam na frente da Subprefeitura, e pelo corredor, vamos embora! Nem dá tempo de engrenar em alguma leitura.

Antes me culpava de não aproveitar esse tempo pra ler, mas ultimamente tenho reconhecido que preciso desse tempo pra não pensar em nada (na verdade pra pensar em tudo que vier à mente sem controle algum) e geralmente é o momento que aproveito para fazer minha espécie de oração.

Hoje quando estava chegando ao ponto vi que havia um ônibus parado com gente subindo, mas calculei que não daria tempo de chegar e como há tantos, resolvi esperar o próximo. Mas depois de subir todo mundo, quando eu já me encontrava parada olhando pra ver se não vinha outro me dei conta de que o ônibus não saia do lugar. Olhei pra placa lateral pra ver se me servia e no mesmo momento tive certeza de que ele só estava me esperando. Assim que me aproximei a porta abriu. Antes de entrar olhei para o motorista pelo retrovisor e disse "obrigada!". Foi tão estranho! Ao mesmo tempo em que fiquei um pouco sem graça, me senti tão lisonjeada! Por serem muitos carros e muitas linhas diferentes, nunca cheguei a gravar o rosto de nenhum motorista, mas parece que ao menos esse já gravou o meu! E por algo tão bobo e ao mesmo tempo especial, me senti feliz e meu dia começou bem melhor! :)

No meio do caminho subiu um homem visivelmente especial (para não dizer louco) em que já havia reparado umas duas ou três vezes. O louco é que só se torna evidente que não bate bem porque faz questão de desejar bom dia para as pessoas que não conhece e por não desistir. Fica repetindo com entusiasmo e tom de pergunta "bom dia moço" até que a pessoa responda. Deve estar beirando os 40 e parece viver muito bem. Só fico me perguntando que espécie de deficiência o faz tão feliz! Gosto disso: ver as pessoas sendo provocadas, ficando sem saber o que fazer por conta de um simples... "bom dia moça!", haha!

Depois que ele desceu me ocorreu uma idéia maluca, nada que ver com o assunto: como são secos os ônibus, podíamos plantar umas mudinhas, vazinhos e tal. Muita piração, né? Eu sei, dessa vez reconheço.

Com a fila de ônibus que acaba ficando no ponto da Guaicurus, às vezes ficamos um tempão esperando para que abram a porta, mas hoje não tive que esperar. O motorista abriu a porta bem na frente da entrada da Sub! Claro que adorei e me senti mais mimada ainda!

Como a gente se sente especial com pouco, né? hehe

;)

Donde Miras no Quilombo Campinho

Apesar de ter um monte de coisas novas para contar…

Lembrando dos melhores momentos da Expedición Donde Miras!

Na quinta, dia 21/01, saí de casa com o Baltazar (amigo da caminhada) às 07h da manhã, voando pra não perder o ônibus das 7h30 pra Ubatuba... chegamos em cima, mas descobrimos que nem precisávamos correr: a Marginal estava alagada e os ônibus não conseguiam chegar! Ficamos lá no chão, conversando, dormindo e procurando não perder a paciência até as 10h25 quando conseguimos comprar as passagens do ônibus que supostamente sairia às 10h30. Por sorte, persistência e total apoio meu pro negão ir brigar por nós, conseguimos embarcar no ônibus que saiu às 11h30.

Chegando a Ubatuba ainda tivemos que pegar mais dois: um até a divisa com Paraty e outro até o Quilombo Campinho onde o Donde Miras estava acampado. O Quilombo que eu ainda imaginava como uma aldeia é praticamente um bairro, com a diferença de que se conhecem e tem toda uma cultura e tradição. Nosso pessoal ficou dividido entre a associação e o restaurante que foi onde fizemos o sarau. Um lugar lindo, lindo demais!

Ouvi dizer que a recepção no dia anterior havia sido maravilhosa e o sarau certamente foi o melhor! – ao menos dos que eu pude presenciar – a esperteza das crianças me impressionou. E nós mesmos estávamos tão felizes! Os palhaços fizeram as criançar rirem, o Gunnar tocou vários sambas, o Thecho e a Ana bailaran tango lindamente, do Quilombo, destaque para o Jongo, havia também uma dupla de negros do Rio Grande do Sul que não paravam de tocar, dentre outras coisas, forró. Foi tudo muito bom! Especialmente o arroz com feijão, salada e ovo que serviram a mim e Balta que havíamos ficado sem almoço. Parecia – e provavelmente era – a melhor comida do mundo! Muito, muito boa!!! :D

No dia seguinte, direito a banho de rio antes da caminhada e tapioca com água de coco logo no começo da estrada! ...que foi bem gostosa, apesar de não ter tido nada de mais... nenhuma cachoeira no caminho para os que já estavam ficando acostumados! Depois de 10, 12 km chegamos a escola em que nos alojaríamos em Paraty! :)

Muito difícil escolher poucas fotos... há várias outras lindas aqui!

Trouxas!

Ai-ai… várias!!!

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Depois de nove anos que saí de casa, finalmente comprei uma máquina de lavar pra mim! Estava ensaiando há muito tempo e como foi uma das poucas coisas que reduziram de valor no lugar de aumentar, rolou! A preguiça de ir à loja fez com que eu decidisse efetuar a compra pela internet... até pensei em comprar uma usada, mas sou meio desconfiada e não tenho prática – nem tenho vontade de ter – em compras, trocas e essas coisas pela net, sempre tenho receio de que o produto não seja bom ou seja roubado, besteira eu sei. O fato de eu ter visto na loja há muito tempo uma máquina que era em conta e tinha "reaproveitamento de água" acho que colaborou pra decisão final de comprar a nova. Achei na net e realmente, era a mais barata: com desconto paguei R$ 569,05!

Bom, minha máquina chegou no sábado, eu estava trabalhando, mas os porteiros a receberam e quando cheguei a subiram. Ela parece de brinquedo é leve e eu mesma instalei! :) Até encontrei um defeitinho, mas tinha tantas trouxas de roupa pra lavar que nem me passou pela cabeça reclamar. Queria colocar ela pra funcionar (já tinha um bocado de roupa de molho!), mas? Eles economizam em tudo! Até no tamanho dos cabos e mangueiras e, além de ter que deixá-la encostada no tanque, não consegui ligá-la na tomada! :( Qualquer liquidificador que é muito mais fácil trocar de lugar tem um fio maior! Mas tudo bem...

No dia seguinte descolei uma extensão e antes de colocá-la pra funcionar dei uma olhada no manual, especialmente curiosa sobre a questão da água:

"Sua lavadora somente funcionará quando o nível único (ALTO) de água estiver completo."

Eu podia jurar que tinha comprado uma com diferentes regulagens, mas como a gente sempre acaba vendo modelos diferentes, posso mesmo ter confundido. Ok. Fazer o quê? Vamos ver como funciona o reaproveitamento de água:

"Quando o botão atingir a função Reaproveita Água, troque as roupas para aproveitar a mesma água."

Não, acho que não entendi. Abri o manual (estava olhando só a capa) e fui olhar os detalhes. É isso mesmo: retiro a roupa limpa pingando e coloco outra no lugar sem que a anterior esteja centrifugada. Fiquei indignada! Trouxa! Era assim que me sentia!

Decidi que faria o sacrifício, mas na hora de trocar estava tudo embolado, e teve uma hora que perdi a paciência e resolvi deixar o ciclo terminar. Fiquei olhando aquela quantidade de água indo ralo abaixo, quase transbordando do tanque e tive certeza de que um dia, quando estiver faltando água pra muito mais gente, lembraria daquele momento. Era realmente muita água desperdiçada! Reclamar? Devolver? Como já disse: eram muitas trouxas...

***

Quando cheguei em casa hoje encontrei correspondência no chão... já podia imaginar o que seria. Nem abri, mas dizia que era importante e resolvi ver:

"Ana,

Desde 2006 você conhece e confia no Itaú, o que para nós é uma grande satisfação. Valorizamos muito esse relacionamento e queremos continuar ao seu lado sempre."

Hahahahaha!!! Dei muita risada!!! Eles agora me oferecem isenção de tarifas até para cartões adicionais! Homem, digo, banco é tudo igual mesmo! Só se empenha em conquistar quando percebe que vai perder. Tudo bem, enquanto me servir, desde que não custe, eu uso, eu uso. - a conta!

Explico: Como agora os funcionários da prefeitura (mais de 130 mil) vão passar a receber pelo Banco do Brasil, rapidinho vieram me xavecar! Já faz um tempo que esses filhos da mãe estão me cobrando tarifa, me fazendo de trouxa! Ao contrário do BB que desde que me perdeu não me cobra nada. Ai-ai, adoro isso! E prefiro mil vezes ter minha conta no BB que pelo menos é estatal... o que não impede que um dia queira me fazer de trouxa também, mas quero acreditar que a probabilidade seja menor!

***

Hoje trabalhei mais de doze horas, achei que ia conseguir sair cedo... fazia era tempo que não saia tão tarde da Sub! Mas foi muito bom! Adoro quando não consigo parar e tinha tanta coisa inadiável pra fazer que não dava mesmo! Como amanhã também tenho minha primeira aula do mestrado (ai!) de manhã, quis deixar algumas coisas encaminhadas. Saí de lá acabada, mas me sentindo tão bem! Muito melhor do que semana passada que trabalhei menos porque estava absolutamente desanimada!

Não sei se foi ter saído no sábado ou ter participado do encontro do Donde Miras – que apesar da lavação de roupa suja básica, foi Maravilhoso! - se foi ter visto as crianças, ter comido pizza ou o quê, mas comecei esta semana com outro pique! Acho que foi tudo isso somado a ficar até as três, quatro da manhã conversando com a Ana Paula! Passar a madrugada dividindo sensações, hitórias, momentos, rebentos... e dando risada porque a gente se sente trouxa sendo que os trouxas são eles, não tem preço! :D

***

Feliz de estar me sentindo melhor, de sentir de novo satisfação comigo mesma!

Gratidão imensa pela minha casa, pelos meus amigos e pelo meu trabalho – os dois primeiros compensam o último e o último é pelos dois primeiros... e tantos outros! É um triangulo e tanto! E um dia foram só sonhos como tantos outros... :)

Assessoria da Soninha!!!

Parte da Expedición Donde Miras pronta pra voltar pra Sampa...

O ovo que me acolhe e proteje... ou: mi casa!

(com direito a cartinha romantica do banco, hehe)

=)