Com frequência quero que as coisas saiam no
meu tempo, o quanto antes. Com frequência, no entanto, percebo que tenho que
aprender a esperar... afinal de contas, todo mundo tem os seus problemas, assim
como eu.
Eu mesma, ainda estou no processo
de desapego, numa etapa mais avançada, mas, ainda! Entendi que de fato não
preciso de tantos móveis, assim como não preciso de tanta roupa, tantos sapatos,
tantos papéis, etc, etc, - e coloca etcetera nisso!
Semana que vem, portanto, farei uma festa
para vender para os amigos tudo o que lhes interessar, na seguinte, tudo o que
sobrar vai para anuncios na internet.
Minha mãe diz que não é a gente que tem as
coisas, são as coisas que nos tem – e é verdade, a gente está sempre
trabalhando em função de manter tudo o que tem (seja pagando aluguel, pagando
diarista ou perdendo os dias de descanso fazendo faxina), ou então, comprando ainda
mais coisas!
Discordo dessa lógica capitalista e já
passava da hora de passar da teoria à prática e levantar a bandeira da economia
solidária (comprando de pequenos produtores e trocando ou vendendo entre
amigos): assim a gente se ajuda mais e destrói menos!
E digo mais: não são só nossos bens que tem
valor. Tem valor ainda maior nossa imagem, nossas ideias, conhecimento, contatos...
Por isso decidi juntar isso com a expertise de alguns amigos para produzir um
material gráfico. Mas esse é surpresa!
Todo problema carrega em si uma semente de
oportunidade e transformação. Acredito mesmo nisso. E percebo que as
adversidades têm me exigido mais, me obrigando a desenvolver o potencial
guardado para depois. Queria tantas não, mas fazer o que? As que chegarem vão
virar sopa para a janta!
Levantar a grana já não é mais o maior
problema. Agora é organização e foco, para dar conta de tanto invento ao mesmo tempo – sem enlouquecer os amigos! rs...