terça-feira, 17 de agosto de 2010

Gerundiando

Estou cá, ainda arrumando minhas coisas no meu novo espaço (que não é só meu, nem tão novo)... Acostumando a morar com mais gente... Acompanhando o namoro da minha gata com um gato vizinho... Curtindo ter uma varanda para as minhas plantas... Aprendendo a controlar minhas bagunças e a não me incomodar com as alheias...

Estou bem feliz com o resultado de minha loucura. Achei que esse processo seria mais difícil, mas não foi. Foi duro sim deixar meu AP, mas gosto tanto daqui que estou me adaptando super rápido! E tenho que agradecer poder morar com duas pessoas tão especiais e tranqüilas, com as quais me sinto muito bem. Sou uma pessoa de muita sorte - definitivamente. :)

Apesar de ter coisas acumuladas que preciso parar para escrever, tenho tanto a arrumar e descansar, que até agora não tinha parado para escrever nada. Também tenho entrado pouco na net, por falta de tempo e vontade. Já tive o retorno do artigo que consegui entregar na semana anterior (que me tomou boa parte das noites de julho e agosto): a professora disse com todas as letras que não gostou, me pediu para repensar e, bom, pelo menos me deu um novo prazo. Eu tinha gostado do artigo, mas tudo bem. Posso fazer melhor sim. Mas agora é ele que vai ter de esperar eu escrever as coisas que esperaram eu o terminar.

É péssimo deixar para escrever depois o que se tem impulso de escrever em determinado momento ou até época, e por isso já peço desculpas de antemão, caso os próximos posts pareçam ter perdido o calor do momento.

E escrevi tudo isso só para dizer que vou escrever depois?

Ah, não só. Também para justificar a demora e contar que está tudo caminhando bem. E que se fico triste e ou mal humorada como fiquei na semana que passou, é por pura tolice – e muito cansaço, vá lá. Mas já estou procurando não me deixar abater tanto! ´:)

(domingo, ainda sem conexão)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Términos e mudanças

Depois de uma semana mal dormida e praticamente duas noites em claro, finalmente consegui entregar o artigo que estava devendo na PUC e aproveitei para trancar minha matrícula. Tudo que queria era poder dormir e descansar,mas tinha que terminar minha mudança. Sim, não deu tempo de contar, mas resolvi me mudar.

Quase todas as vezes que ia à casa do Arthur, que trabalha comigo e tem sido um super amigo, ficava pensando que queria ter um apartamento daquele jeito: simples, mas com dois quartos, dois banheiros, varanda e área de serviço. Não era algo que eu queria desesperadamente, que não podia viver sem. Era algo que namorava... me imaginava tendo um cantinho para mexer com madeiras e tintas – coisa que amo, mas há muito não faço.

De repente algo que só imaginava que um dia fosse possível estava a minha frente: os filhos do Arthur iam viajar e ele me ofereceu dividir o AP. Além de todo aquele encanto que já possuía, mais duas coisas pesaram: poder morar do lado do trabalho – e da dança – e poder reduzir custos em um momento que preciso muito fazer isso para voltar para a PUC e terminar meu mestrado. Apesar de estar acostumada a morar sozinha, era exatamente o que precisava.

Hoje, no entanto, após passar naquela casa que não parece ter nada a ver comigo e de encontrar a minha casinha sendo desmontada, me bateu uma aperto no peito. Como poderia deixar esse lugar tão meu? Lugar em que vivi coisas boas, mas que principalmente, foi minha base, meio apoio, meu aconchego, que de certa forma, fez com que os momentos difíceis fossem suportáveis. Somos cúmplices. Partilhamos a mesma energia e demoramos tanto para chegar a este ponto de equilíbrio. Como posso abrir mão de tudo isso de uma hora pra outra?

Não queria sair da minha casa, do lugar em que me sinto segura e protegida. Sinto medo de ir, ao mesmo tempo em que sei que estou buscando algo melhor, que no começo poderá ser difícil, mas que aos poucos, aquele lugar será tão meu quanto este, aliás, tem tudo para ser muito melhor!

Amo meu ovo-casa-casulo, mas vou. Vou com o coração partido, mas com a certeza de que vão cuidar bem desse meu pedaço, que sempre será um pedaço meu a ser lembrado com carinho. Vou porque aprendi que as oportunidades são escassas. Vou porque decidi que não quero viver arrependida do que não fiz. Vou com receio, com dúvidas e incertezas, mas vou porque há algo que me diz vá, pois só vencendo tudo isso poderei ser realmente feliz!