Conhecer Buenos Aires nunca tinha sido um sonho, era fogo de palha porque meus professores de tango estavam indo e estava muito barato. No entanto, como fui deixando pra decidir depois, já sabia que em cima da hora não rolaria.
Mas a questão é que tinha que acontecer. E faltando poucos dias surgiu uma super promoção: dividindo no cartão, se tornava viável e, como não tinha tempo pra pensar... em 15 minutos minha passagem estava comprada!
Meus professores estariam em um hostel (albergue), mas como a fresca aqui não queria ter que dividir banheiro, decidi que deixaria a bagagem com eles e procuraria um hotel próximo. Mas já sabem, né? Nada na minha vida é sem emoção!
O endereço deles era tão fácil que nem anotei e... sim, não os encontrava e comecei a duvidar da minha memória. Fiz amizade com o taxista (Rudolfito) que foi muito gente boa comigo, só que uma hora disse que teria que me deixar para buscar a esposa. Por sorte a mala era pequena e tinha rodinhas e, poxa, tinha que ser por ali!
Fiquei rodando horas, aproveitava para procurar também o “meu lugar”, mas o banheiro sempre era compartilhado e eu nunca gostava muito do quarto.
Em um deles, o “Entre Libros” a moça foi super amável e procurou o endereço dos meus amigos: minha memória não estava errada! Ela explicou como chegar e resolvi voltar ao lugar outra vez. Mas, não sei por que, apesar de ser tão simples e estar tão perto, sempre me perdia!
Quase decidi ficar só aquela noite em um hotel todo luxuoso, só pra poder largar a bagagem, correr para avisar que estava bem e voltar para descansar. Mas entre procurar o hotel caro e o hostel, depois de descansar um pouco (perto da Mafalda!), resolvi procurar um pouco mais o danado do escondido e finalmente os encontrei!
A porta do Hostel Chipre era pequena e ficava ao lado de outro muito grande que chamava muito mais atenção, por isso quando fui a primeira vez não o vi. Entrei e até havia um quanto com banheiro, mas gostei mais da parte térrea que tinha uns espaços de convívio com mesas e plantas bem na frente dos quartos. Ali também estaria ao lado do quarto do Julio e da Adriana, além de ser mais barato. Tinha lá suas falhas, mas gostei muito do lugar!
Estava extremamente cansada e com muito sono, não tinha dormido praticamente nada na viagem! Nossos visinhos de quarto que eram de Mérida iam com a gente e de cara gostei muito deles. Eram familiares, receptivos, agradáveis... não tive escapatória! Afinal, estava em Buenos Aires! Fui para a primeira de muitas milongas...
...mas conto como foi/foram depois, prometo! ;)
2 comentários:
pata-caliente !
Pues si tengo los ojos azules de mi abuela, por que no también la suerte?! jejeje
Y que herencia mejor podría yo querer? =)
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