sábado, 18 de setembro de 2010

Il Amore

Sou extremamente orgulhosa e sempre quis ser independente. Se me faz, portanto, muito difícil assumir certas coisas. E quando as coisas não saem como a gente quer, tudo o que queremos é que terminem logo.

Minha mãe me ensinou que a paixão dura 18 meses – cientificamente comprovado segundo ela. O que quando ouvi pela primeira vez me pareceu um grande absurdo, com o passar dos anos e das paixões percebi que fazia total sentido.

Já conhecendo o caminho, no último caso, depois de uns 13 meses, já desiludida, contei o que faltava e disse que faria uma festa quando se completassem os 18, já que finalmente me veria livre daquele sentimento que não me deixava.

O que não esperava era que, passados os 18 meses, sentisse algo muito pequeno se apagar e algo muito maior se fortalecer. Não havia mais tanta dor e desespero, mas... descobri que não valera de nada tudo o que aquela pessoa havia feito para me decepcionar, pois se estabelecia, como se estivesse em sua casa, a certeza de que simplesmente amava aquele ser humano.

O que fazemos quando queremos que algo acabe e esse algo, além de estar dentro de você sem que você o queira, se recusa a sair ou acabar? Pois é, o meu amor empacou.

Perguntei ao meu terapeuta se era uma doença e ele me respondeu que não sabia se era uma doença, mas que era certo que estava me deixando doente.

Não sabia que a tristeza baixa a imunidade. Depois de duas semanas semi-doente cheguei à conclusão que precisava algo. Talvez... uma benzedeira?

A verdade é que não sei mais o que fazer. Às vezes me sinto como uma criança que está longe dos pais e precisa o tempo todo ser distraída para não notar a falta e começar a chorar.

Faço mestrado, capoiera, tango, italiano e agora quero trabalhar com massagem, voltar a dar aulas de espanhol, dar oficinas... fico procurando desesperadamente o que me faça bem, o que faça eu me sentir mais viva.

E com tantas coisas boas, me entristeço com minha falta de vontade, com perceber que nada me basta. Apesar de me fazerem bem, não passam de subterfúgios e nenhum deles será capaz de substituir o amor que seria como ter o sol brilhando todos os dias dentro de mim.

Quero simplesmente aceitar que não posso ter tudo. Que amo e isso pode ser suficiente. Que preciso desistir definitivamente. Que posso soltar isso e deixar o rio levar e talvez o mar destruir... Quero aprender a conviver com isso sem que isso me faça mal, sabe?

E como não sei mais o que fazer, trago isso a público, na singela esperança de que dividindo isso venha a diminuir ou quem sabe até se diluir...

:´)

ps: Será que contei errado?

4 comentários:

Eve disse...

Que post sensacional!!!
Acho que todo mundo passa por isso, uns mais e outros menos. Acho que não tem remédio, só um outro período de 18 meses mesmo.

Por isso que eu gosto de "Brilho eterno de uma mente sem lembranças", o filme expressa bem esse lance de nada bastar.

Beijos e saudades.

Ana Estrella Vargas disse...

Linda!!! Você recebeu meu e-mail?
Reuni os amigos este fds pra ver se me animava e queria muito que tivesse vindo...

Saudades também!

bjos! :)

F.I.O.N.A. disse...

MAMITA
CREO QUE LAS PASIONES PLATÓNICAS DEMORAN UN POQUITO MÁS DE 18 MESES PARA PASAR...

BESITOS
QUE DIOS TE BENDIGA

Ana Estrella Vargas disse...

Puede que me tenga equivocado en las cuentas mamita... deve ser eso. Creo que muy pronto estaré libre dese tormento! :)
besitos!