domingo, 25 de abril de 2010

Um pouco de mim: SubLapa e Soninha



Fotos de parte dos eventos, realizações e dia a dia da Subprefeitura Lapa no período em que a ex-vereadora Soninha Francine esteve a sua frente como Subprefeita - de janeiro de 2009 a março de 2010.

Ei você

Ei você,
Aí fora no frio
Ficando solitário, ficando velho
Você pode me sentir?

Ei você,
De pé no corredor
Com pés sarnentos e sorriso fraco
Você pode me sentir?

Ei você,
Não os ajude a enterrar a luz
Não se entregue sem lutar

Ei você,
Aí fora na sua
Sentado nu ao telefone
Você poderia me tocar?

Ei você,
Com o ouvido contra o muro
Esperando alguém gritar
Você poderia me tocar?

Ei você,
Você me ajudaria a carregar a pedra?
Abra seu coração, estou indo para casa

Mas isso era apenas fantasia
O muro era muito alto, como você pode ver
Não importa o quanto ele tentasse, ele não poderia se libertar
E os vermes comeram seu cérebro

Ei você,
Aí fora na estrada
Sempre fazendo o que te mandam
Você pode me ajudar?

Ei você,
Aí fora além do muro
Quebrando garrafas no corredor
Você pode me ajudar?

Ei você,
Não me diga que não há mais nenhuma esperança
Juntos nós resistimos, separados nós caimos


Hey You

Hey you
Out there in the cold
Getting lonely, getting old
Can you feel me?

Hey you
Standing in the aisle
With itchy feet and fading smile
Can you feel me?

Hey you
Don't help them to bury the light
Don't give in, without a fight

Hey you
Out there on your own
Sitting naked by the phone
Would you touch me?

Hey you
With your ear against the wall
Waiting for someone to call out
Would you touch me?

Hey you
Would you help me to carry the stone?
Open your heart, I'm coming home

But it was only, fantasy
The wall was too high, as you can see
No matter how he tried, he could not break free
And the worms ate into his brain

Hey you
Out there on the road
Always doing what you're told
Can you help me?

Hey you
Out there beyond the wall
Breaking bottles in the hall
Can you help me?

Hey you
Don't tell me there's no hope at all
Together we stand, divided we fall

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A vida é...


Diz a música - sabiamente - que "A vida cansa mesmo vivendo na França", daí pergunto: por que insistimos em continuar por aqui? Por que não chutamos o balde logo e experimentamos partir "desta pra melhor"?

Não sei. Confesso que às vezes dá vontade, mas...
Mas gosto das crianças, dos olhares, dos sorrisos, dos abraços, gosto do fogo esquentando do frio e do frio refrescando o calor, gosto de pegar na terra, de passar com cuidado a mão em um broto e segurar firme no tronco das grandes árvores, gosto de alguns cheiros e de alguns temperos, me fascinam as qualidades medicinais das plantas e a sabedoria dos povos indígenas - a ligação entre eles parece algo mágico, que não procuro entender apenas contemplo e admiro.

Também me fascinam a mitologia e a astrologia, suas ligações e interpretações, o teatro, a fotografia, as artes... a capacidade de transformar coisas sem vida em coisas bonitas. O estar com os amigos. A empolgação de assumir um desafio juntos e a satisfação e tranquilidade de ver sua realização. São tantas coisas boas que temos, somos, fazemos...

Também gosto da chuva, lavando, refrescando, regando... gosto de tudo que tem água, afinal, sou 70% água, assim como o planeta. Há lugares em que a água deve parar e há lugares em que deve correr, eu não sei em que lugares isso deve ocorrer, mas meu corpo sabe. É algo natural que parece mágico e é repleto de sabedoria.

Acredito que homem e natureza podem viver em harmonia, apesar de tantas atrocidades já cometidas, acredito que podemos mudar, podemos melhorar, podemos parar de só usar e passar a cuidar, podemos passar a ter uma relação muito mais saudável, isso sim é sustentável. Por isso sou CONTRA A CONSTRUÇÃO DE UMA USINA EM BELO MONTE, porque sou contra a destruição da Terra, sou contra a manutenção dessa matriz energética devastadora e sou contra o deslocamento dos povos indígenas existentes naquela região.

É por isso que me importo. Por que há quem não se importe? Eu juro que não entendo!



"Na luta de cada dia

cabe poesia

verso de arame

faca com ponta

estrelas e conchas

lápis de cores

doces e amores"


(
Huguera - A vida é, a luta é.)

* Fotos de Hélvio Romero em Vitória do Xingo - PA, na região de Belo Monte onde se pretende construir a terceira maior hidrelétrica do mundo!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Carta aos Homens de Preto

Eu estava no terceiro ano da faculdade e não fazia muito tempo que havia começado a trabalhar no gabinete de vereadora da Soninha quando ligaram da produção de um programa de TV perguntando se poderiam fazer umas imagens na nossa sacada (a vista de lá era fantástica!). Como não assistia TV, não sabia quem eram, mas sabia que a Soninha tinha gravado algo com eles e respondi que claro, sem problema nenhum. Quando os homens de preto chegaram me chamou a atenção que um deles tinha o dobro do meu tamanho e que os equipamentos eram grandes para pularem a janela junto, já que não havia porta para o que usávamos como sacada. Deixei um dos assessores ver qual janela seria melhor para saírem e voltei para o meu lugar – na época ainda era recepcionista e professora de espanhol. :)

Foi assim que me surgiu a curiosidade de saber o que era o CQC, e foi assim que descobri esse grupo de loucos que Custe o Que Custar, vão atrás da notícia, perguntam, questionam, indagam sem papas na língua, aliás, pelo contrário, com muita cara de pau e o que é mais interessante: com muito bom humor. Ou seja, são um programa de humor sério. Mas isso vocês já estão cansados de saber. A questão é que os admiro profundamente porque utilizando o humor passaram a fazer com que pessoas que antes não se interessavam pela política passassem a se interessar e acompanhar, porque colocam o seu talento a favor do "bem comum", adquirindo uma função social e política nada desprezível.

E aí é que são elas, pois quanto mais audiência e influência se alcançam, mais cuidado é preciso ter, pois a comunicação é poder. Poder que pode ser usado tanto para o bem quanto para o mal e não tenho dúvidas de que o CQC procura usá-lo para o bem. Mas...

No CQC#92, exibido no dia 19 de abril, duas coisas me incomodaram profundamente: A banalidade com foi tratada a questão do índio e o quadro Cidadão em Ação.

No Cidadão em Ação em que as "crianças" conseguiam comprar bebidas alcoólicas, cigarro e "revistas de sacanagem" me impressionou o conservadorismo e moralismo pregados. Primeiro porque não eram crianças, eram adolescentes que por natureza tem curiosidade de conhecer, especialmente as coisas proibidas. O fato de um adolescente beber ou fumar não é – nem nunca foi – sinal de que vá se tornar um dependente, mas certamente quanto mais for proibido, mais vai querer. E quanto mais for desconhecido (por ser tratado como assunto proibido) mais perigoso será. Qualquer maior de 18 anos que nunca tenha experimentado bebida ou cigarro será visto como anormal. Sabemos que isso não é normal, então porque querem fazer descer goela abaixo uma legislação que não condiz com a realidade? O maior perigo aí é a falta de informação e acompanhamento. Mas até entendo a preocupação e o porquê da legislação com relação a isso, mas, com relação à "revista de sacanagem"?? Com tanta sujeira por aí que vocês nos mostram, tantos filmes, novelas e BBBs que apresentam como se fosse a coisa mais normal do mundo mentir, enganar, passar pra trás, o CQC está preocupado com a sacanagem saudável? Sim, porque eu não entendo o que há de errado em verem revistas que mostram fotos de pessoas nuas, vão do singelo ao grotesco, mas em algum lugar que não seja em um livro didático com o desenho de um boneco os adolescentes precisam poder ver como é, entender, saciar sua curiosidade e até curtir, porque não? É melhor que seja com a revista do que com a irmã, sobrinha, ou qualquer uma que esteja voltando à noite da escola ou trabalho. Essa proibição só alimenta nossa sociedade recalcada, com tantas pessoas sexualmente frustradas, sem contar com os doentes que abusam das crianças. Sexo faz bem pra saúde, assim como ver - simplesmente ver - imagens bonitas (de homens, mulheres, lugares, obras de arte, ou o que for) faz bem pra alma – especialmente a nossa que vive nesta cidade cinzenta.

Quando era criança trabalhava no bar da minha mãe, via as pessoas bebendo, fumando e namorando. Lembro que a primeira vez que experimentei cerveja, ela era amarga (hoje é tão doce! Como pode? rsrs)... Com treze anos vim para a periferia de São Paulo morar com meu pai – que coitado, hoje percebo que não deve ter sido fácil, mas me deu toda a liberdade que pode – eu saia, bebia, vez ou outra fumava e com quinze anos já tinha namorado e uma "vida sexual ativa", apesar dos recalques. Hoje tenho 26 anos, sou funcionária pública, formada em sociologia e política, faço mestrado na PUC (mesmo sem ter como pagar), não sou alcoólica, não sou fumante, não sou maníaca sexual, nem fui mãe adolescente. Sou só um exemplo dos muitos que há por aí, em condições que para muitos pareceriam absurdas, mas não eram. Ah, e não mudei. Não virei santa ou beata: de vez em quando bebo e vez ou outra até fumo ou faço sexo. :)

Sobre a intervenção dos indígenas: eles entrarem devolvendo espelhos, rompendo o contrato de 500 anos e pedindo as terras de volta foi interessante, mas daí eles aceitarem em troca um brinquedo qualquer (uma bolinha que pisca?) e saírem satisfeitos. (?!?!) Pode até ser engraçado, mas antes de ser engraçado é trágico. É ofensivo dizer que aceitam qualquer coisa, além de dar a impressão de que foi realmente isso que aconteceu: que trocaram suas terras por espelhos, que a venderam por quinquilharias, como se não tivessem sido obrigados a nada, como se não tivessem sido massacrados, transportados ou assassinados. Se há uma crítica aí, ela é tão sutil... Vocês conseguiram levar "índios de verdade" para a TV em horário "nobre" em pleno dia do índio para eles não dizerem nada? Com tantas questões mal resolvidas, com tanto preconceito e falta de compreensão. Aos mais de 600 mil telespectadores que os assistiam não mudou em nada a visão que tinham. Não acrescentou nada. Na escola não aprendemos nada sobre os povos indígenas, eu mesma sei muito pouco, mas sei que possuem uma sabedoria acumulada da qual nem fazemos idéia, e que perderam muito de suas riquezas. Sei que merecem o mínimo de respeito, o que raramente tiveram, aliás, a construção da usina em Belo Monte no Xingu é mais um exemplo de que não faz a menor diferença. Nem são vistos como um problema: é só tirarem eles de onde estão e jogarem em outro canto qualquer do país. E eles vão aceitar? Como a bolinha? Eles não têm outra escolha, porque não têm voz. Porque se gritarem, ninguém vai ouvir. Porque não tem o espaço que vocês poderiam ter proporcionado para explicarem o que está acontecendo. Isso sim seria uma intervenção digna, de tirar o chapéu, no dia do índio.

Respeito e admiro demais o trabalho de vocês e por isso estou escrevendo. São tantas coisas que às vezes na hora fazemos o que dá e depois ficamos insatisfeitos porque queríamos ter feito mais e melhor (eu sou assim, é chato, mas é bom, porque nos permite melhorar), e quero acreditar que foi o que ocorreu. Então, para finalizar essa longa carta, quero pedir encarecidamente que não deixem passar em branco essa história da usina. É muito mais grave do que parece, mas as pessoas simplesmente não estão dando atenção, provavelmente porque ainda não entenderam o que pretendem fazer, ou porque não entenderam que tudo isso não é necessário como se prega.

Em tempos de mudanças climáticas – furações, tempestades, terremotos, vulcões, o que mais é preciso acontecer para acreditarem? - não podemos nos dar ao luxo de alagar aquela quantidade de floresta. Já seria um absurdo fazer em outros tempos, mas é mais ainda agora porque além de sabermos dos problemas que temos, também temos conhecimento científico que pode propor outras soluções. Temos que parar com essa megalomania de querer resolver tudo em uma grande ação, de ter o maior isso, o maior aquilo. Não é saudável. Não é sustentável. Não é legal. Qualquer roda d`água pode gerar energia, além de termos as alternativas eólicas, solares e de biomassa. O simples investimento em aquecimento de água (porque não reduzem o IPI do aquecedor? Isso sim precisa subsídio do Estado!) já resolveria grande parte do problema que é o pico gerado por nosso chuveiro elétrico. SE INVESTIRMOS EM UMA MULTIPLICIDADE DE PEQUENAS SOLUÇÕES, SOLUCIONAMOS O PROBLEMA SEM PERDER O XINGU! Talvez vocês já estejam cansados de saber disso, mas boa parte da população nã faz nem idéia. E é algo que está ao alcance de vocês. Se quiserem a Soninha pode falar sobre isso, sem o menor problema, ela sempre vai (mesmo sabendo que é roubada:) e dessa vez tenho certeza absoluta que ficaria muito feliz de poder esclarecer isso aos telespectadores do CQC. Que tal? :)

Há vários materiais que valem muito ser vistos, especialmente:

Fotos do Hélvio Romero em Belo Monte

Filme – Povos do Xingu contra Belo Monte

Fotos aéreas

Como diz a música:

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

(...)

E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio

Obrigada pela atenção e pelas segundas-feiras especiais!
Abraços,

Ana Estrella Vargas

quarta-feira, 14 de abril de 2010

FESTA!!!!!


Deixa eu compartilhar coisas legais pra compensar, vai!

Para quem estiver em Sampa, no sábado vai ter Festa do Donde Miras para arrecadarmos grana para a próxima caminhada (que ainda temos esperança que seja mesmo na Venezuela)!!!

A festa, para quem não mora na periferia sul é um cadinho longe, mas vale a pena o passeio: vai ter samba, muita gente bonita (bonita mesmo: por dentro e por fora, sabe?), curtas e fotos magníficas das caminhadas, vai ter também o Gunnar tocando, batidas famosas de boas (aliás, só pode dar as batidas para o meu irmão depois que ele tocar)... e tudo isso pela realmente módica quantia de 10 contos de réis!!!! :)




FESTA E EXPOSIÇÃO DE FOTOS DONDE MIRAS

para arrecadação de R$ para a próxima caminhada

Voz e Violão: Gunnar Vargas

Com: Velha Guarda do Helga

Dia 17/04, a partir das 20h no Espaço Artemanha de Teatro - Est. do Campo Limpo, 2706

Entrada R$ 10,00 (com direito a 2 batidas duplas do Mutcho)


Então, bóra lá?

sábado, 10 de abril de 2010

Coisas da Vida

A semana que passou foi estranha. A Soninha já saiu do cargo de subprefeita e quem assumiu, felizmente, foi o Carlos Fernandes, presidente do PPS municipal que já trabalhava lá. Mas como a Soninha ainda tem que liberar a sala - que tem um milhão de coisas a mais do que quando entrou - parece estar tudo em suspenso, numa transição um tanto quanto arrastada. Não para menos, com a infinidade de projetos, propostas e providencias necessárias por ver... não sei como a Soninha não enlouqueceu!

É tanta coisa que envolve esse período em que estivemos a frente da subprefeitura... comecei a lembrar agora de comentários que pensei em colocar aqui, mas acho que uma avaliação ou mesmo uma pesca de detalhes merece um post separado.

Semana estranha. Na vida amorosa/pessoal, nada fora do normal, fora talvez a intensidade com que senti algumas coisas, beirando o limite, quase tropeçando na linha do BASTA!... Fiz as pazes com uma pessoa do presente e briguei com uma do passado que insiste em querer mais do que um reconhecimento do que foi, que não quer ser relegado ao passado e procura me abrir os olhos me mostrando que a pessoa do presente não está presente, não me cuida e valoriza como fazia. Não tiro sua razão, mas infelizmente, não mando no meu coração.

Acho que ando mais que tudo agüentando. Não sei o quanto posso suportar, mas às vezes sinto que carrego um peso além do que deveria. Na quinta fui acometida por uma dor nas costas absurda. Era só uma pontadinha quando respirava fundo, mas foi crescendo e me enfraquecendo no decorrer da tarde. No fim dela, me doeu mais que tudo perceber o quanto realmente o meu presente era ausente. Percebi que não agüentaria ficar pra aula da noite que tenho acompanhado – e que tem sido excelente – mesmo sendo aniversário do meu professor... :(

Tive que voltar para a Sub ainda e encontrei o meu despresente com outra pessoa - nada que já não fosse esperado. Mas sem ele lá não poderia resolver nada e a angústia daquela dor nas costas com a necessidade de resolver minhas coisas logo era tanta que, se comparado, esse último fato não foi nada, até fez cócegas, uma agulhinha talvez... rsrs

Na sexta não conseguia levantar: era como se literalmente tivesse sido apunhalada pelas costas, sentia como se houvesse uma estaca cravada bem na direção do coração, mas pelas costas. Fui até a farmácia, comprei o antiinflamatório e voltei pra cama. Só saí dela às quatro da tarde porque minha amiga me ligou pra saber se eu estava melhor. Já conseguia levantar, respirar, me mexer. Tomei um banho correndo e fui pra terapia (com uma hora de atraso!)... foi muito legal, mas passou muito rápido. Claro que meu terapeuta queria entender porque sentia aquela dor. Pra mim era evidente que se tratava de um mau jeito provavelmente provocado por ter carregado o notebook do trabalho para casa – o que já fazia um tempo que não fazia mais. Mas haveria outro significado? Minha mãe sempre procura encontrar a razão "oculta" às doenças... sempre que minha garganta inflamava ela dizia que era um sapo que eu tinha engolido.

Meu corpo muitas vezes sente as coisas antes que elas aconteçam. Não sei como ele sabe, mas sabe. Hoje pela internet, em pleno sábado de manhã, me deparei com uma notícia dessas que preferia não saber: "Soninha convida eleitores a fazer corrente virtual a favor de Serra". Sei que ela gosta dele, que se dão bem e até respeito e entendo, mas não espetava que isso fosse ser tão escancarado e tão cedo. Acho que esse ano não vai ser nada fácil. O que mais falta acontecer? É melhor não perguntar.

No trabalho as pessoas pensam que sou "petista roxa" como ouvi esses dias. Não, não sou. Não defendo o partido acima de tudo, não pretendo votar na Dilma, pretendo votar na Marina Silva, pessoa que eu e Soninha sempre admiramos, por seu caráter, competência, honestidade. Significa que agora sou PV? Definitivamente não. Significa que confio em pessoas, não em partidos. Talvez, espero, isso um dia mude. Se eu ao menos sentisse que o PPS (Partido Popular Socialista) fizesse jus ao seu nome, ou realmente quisesse mudar como foi colocado à Soninha na época em que a convidaram... não me isentaria em trabalhar para que isso de fato ocorresse, já que é um partido pequeno, mas que tem uma grande história. - outro assunto que merece post a parte.

Nas próximas duas semanas o meu "presente" estará ausente (completamente), por um lado é muito bom, é minha esperança de que o meu presente mude. Por outro, justo nestes dias de mudanças, não ter ele no trabalho seja para pedir um conselho, uma opinião, procurar apoio em uma nova idéia ou nos projetos já sonhados, seja para desabafar, perturbar ou ganhar um abraço, vai se foda. Bem ou mal a gente se entende, e saber que está por perto sempre me deu uma segurança da qual talvez nunca tivesse me dado conta. Como pode uma pessoa só ser tão importante numa vida? Não devia poder. Se já é estranho estar na Sub sem a Soninha, mais estranho ainda é imaginar a minha Sub sem o meu... presente? ´: /

Ando até que serena nestes dias frios de chuva... tenho gostado dessa calmaria. Procurando aceitar o que não é da minha alçada mudar, tentado me contentar com o mínimo no lugar de querer sempre mais, e aos poucos, me preparando para cortar a zero o que não sou capaz de querer menos. Coisas da vida...