terça-feira, 11 de março de 2008

No hay mal (ni bar) que por bien no venga!

No domingo à noite minha mãe me ligou perguntando se eu não estava trabalhando, perguntei se queria que estivesse em pleno domingo. Contei que meu irmão conseguiu trabalho e depois, acabei contando o que ela parecia já saber, que na sexta me mandaram embora. - em espanhol se diz “me botaram” que traduzido ou pé da letra seria “me jogaram fora”... acho que foi o que fizeram mesmo. E não sei como ela sabia, mas sabia.

No dia em que o meu chefe que me colocou na prefeitura foi demitido (há quase dois anos) senti uma dor de cabeça muito forte e fui embora antes dele contar, meu corpo talvez já soubesse, mas eu não queria saber. Na sexta-feira, voltei do almoço às 16h e quando fui escovar os dentes encontrei a Maíra (que era praticamente "minha" estagiaria antes de me mudarem de área) com muita dor de cabeça, disse a ela que fosse para minha casa descansar, comentamos como nossas chefias estavam estranhas e ao voltar, a coordenadora já estava me esperando com minha ex-diretora para me informar que precisavam do meu cargo, que no dia seguinte seria publicada minha exoneração e que na segunda outra pessoa começaria em meu lugar.

Recebi a notícia super bem, na verdade, até fiquei feliz! Estava há três semanas trabalhando como secretária da coordenadora, ensinando a função a uma nova funcionária e já estava contando os dias para pedir minha exoneração! Só fiquei chateada de terem avisado na última hora. Ainda bem que a Maíra não tinha ido embora, tinha menos de duas horas para separar as coisas que estavam em meu gaveteiro, salvar meus documentos, enviar e-mails... não consegui me despedir de quase ninguém, nem tive tempo de salvar meus e-mails.

Mas fiquei muito feliz de pensar que terei tempo para organizar minhas bagunças, para me dedicar ao meu projeto de iniciação científica e principalmente, para voltar a escrever meu blog! Era tudo que eu há dias queria, queria muito!

Claro que não estaria tão feliz se não estivesse confiante de que logo voltarei a trabalhar. Se isso não acontecer terei que trancar minha faculdade, e isso, eu definitivamente não quero.

Bom, perder o emprego, sem dúvida, é uma das melhores desculpas para encher a cara... claro que no dia seguinte você se pergunta porque não deu ouvidos àquele que avisou para não beber... mas faz parte, é quase uma tradição! Já que na segunda você pode fazer o que a ressaca não permitiu no sábado... por que não aproveitar?

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