segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ele se foi

Pretendia escrever sobre outra coisa, mas o que “late” no momento é a história do meu mais novo companheiro...

que até poucos dias não fazia mais que destruir a casa, brincar de lutar com a mãe e me encantar enquanto dormia.

Mas meu pretinho, que parecia uma pulguinha quando nasceu, foi crescendo, ficando bonito, carinhoso, dengoso e de uns dias para cá me fazia muita companhia e me encantava cada vez mais.

Estava como eu queria que a Cármen fosse quando a peguei, mas que por conta de ficar tanto tempo sozinha e presa, não deu muito certo: ela fica por perto, mas não suporta ficar no colo um minuto sequer!

Quando vim morar para cá, uma das coisas que pesou muito foi saber que Carmensita não precisaria mais ficar presa no apartamento – enlouquecendo e quebrando tudo. A varanda dá para um mar de telhados, do qual muito rapidamente se apropriou e aprendeu a aproveitar.

Ela agora voltou a estar mais rueira, depois da “licença maternidade” que lhe deu uma acalmada, o pequeno, sempre ficava na varanda ou no telhado em frente e quando viam que eu ia sair, entravam.

Mas ontem, quando ia saindo, nenhum dos dois estava por perto. Eles sabem que quando isso acontece, não adianta, precisam esperar eu voltar. Foi a primeira vez que ele saiu pra longe - e até agora não voltou.

Não sei por que achei que os dois estivessem juntos, mas ela voltou sem ele, e logo deu falta, foi lá fora, miou de um jeito diferente como quem chama mesmo, depois outras vezes fez o mesmo, saiu, procurou, mas nada.

Ficamos as duas desconsoladas, tarde e noite inteira, hora dormindo pra esquecer, hora andando de um lado pra outro da casa, hora olhando, chamando, atentando a qualquer barulhinho com uma chispa de esperança, mas nada.

Esses dias ouvi no rádio que os gatos duram em média 3 anos por conta da maldade humana, que por isso deviam ser castrados e mantidos em casa, com cercas, telas, grades, etc. Achei horrível a idéia.

É muito triste pensar que correm tanto risco por aí, à toa. Mas daí não deixá-los viver? É como se deixássemos nós de sair por conta do perigo da rua. Não dá! Não podemos desperdiçar tanta coisa a ser vivida, por medo ou receio, por não correr o risco. Ele faz parte.

Hoje me sinto a pior mãe do mundo, por não ter procurado mais antes de sair, por não ter voltado antes... mas o que aconteceu não muda minha posição: não o teria preso para que vivesse só pra mim, por assim dizer, por mais falta que me faça. E como faz!

2 comentários:

Anônimo disse...

que pena que o destruidor foi embora, gostava muito dele tb :/

Ana Estrella Vargas disse...

notícia boa!!! hj, depois de quase uma semana... ele voltou!!!!
nem acreditava, voltou faminto e desesperado, mas agora já está mais calmo e nossa família felina voltou ao normal! =D