quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um país perdido entre gays e evangélicos


Pretendia escrever outras coisas, até escrevi os títulos em documentos diferentes para não esquecer, mas daí... fui dar uma olhada em um dos grupos que participo no facebook e me deparei com uma frase copiada e colada por diferentes pessoas, pelo visto, na maior das boas intenções:

“Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica , muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção? Se você também pensa assim, copie e cole; vamos fazer um flood contra a corrupção!!!

Escrevi uma resposta bem simples que segue abaixo, mas tive a impressão de que, ao menos quem copiou e colou, não se deu conta do descuidado (não sei se intencional ou não) com que foi escrito tal texto: ele pura e simplesmente coloca como se fosse um absurdo haverem tantos gays, evangélicos e ativistas pela legalização da maconha se mobilizando, como se por isso fossemos um país perdido (!!?!), é isso mesmo que essas pessoas que são contra a corrupção pensam? Quero acreditar que não.

‘Gente, a democracia é de quem se organiza. Simples assim. Pelo menos eles estão se mobilizando. Por outro lado, há que se pensar que nesse caso não se trata de uma minoria, pois todos são contra a corrupção (até o corrupto dirá que é contra).

As outras marchas, ou procuram espaço de afirmação e aceitação ou tem um objetivo mais direto, como as manifestações contra a construção da Usina de Belo Monte, sobre a qual poucas pessoas se manifestam, provavelmente por não terem noção do quanto as afeta.

Nosso país é maravilhoso justamente por esses dois pontos primordiais: natureza e diversidade¹. E espero que saibamos preservar isso acima de tudo.

A corrupção precisa ser combatida sim, por meio da Polícia Federal, através do voto e, principalmente, de uma educação de base bem diferente do 'cada um por si' que se vê por aí, mais voltada para valores e para o bem comum.

Por onde se pode começar a fazer essa diferença efetivamente e... quem começa?’

¹não custa deixar claro: não se refere à diversidade da natureza (bio), mas à nossa, entre seres humanos - de convivermos sendo diferentes em jeitos, gostos, opções, opiniões, origem, estilo, etc.

Certamente teria muito mais para escrever sobre isso, mas vou me conter e apenas sugerir contribuições, críticas e opiniões nos comentários. ;)