quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Um FDS + Q Especial – parte I

A sexta-feira estava chuvosa e fria. Perfeita para se ficar em casa no sofá assistindo filme ou dormindo. Mas... apesar do sono, não eram esses meus planos, pois meu irmão tocava no centro e eu não perderia por nada do mundo! Se há alguém que sinto que entende minha alma, mesmo sem saber, esse alguém é meu irmão por meio de sua produção artística.

Foi num espaço pequeno e muito gostoso e fui com uma pessoa do trabalho que pareceu ter gostado muito. Eu simplesmente amei. Foi lindo, lindo demais. O Gunnar dividiu o palco com a Aline Reis com sua sanfona mágica (no improviso, pois por conta da chuva não deu tempo de ensaiarem) e com a Paula e a Luca nos vocais. E olha, não foi só eu que gostei não. Todo mundo ficou meio zonzo e fizemos eles repetirem três músicas no bis!

A Paula, pessoa que simplesmente amo, que é amiga há mais de 13 anos, além de ser mãe da coisa mais linda do mundo e por conseguinte eterna cunhada, é minha irmã de alma. A gente se compreende no simples olhar, mesmo que fiquemos dias sem falar, o que acontece com freqüência pela incompatibilidade de agendas.

Mas na sexta depois de pegarmos o finalzinho do lançamento do livro do Zinho Trindade ela veio para minha casa e no sábado pela manhã depois de um longo café, fomos caminhando até o Parque da Água Branca, onde pinduramos com o Paulo Cabreira (pessoa fantástica que toca a Demétria em Botucatu na produção de produtos orgânicos e biodinâmicos) alguns pães, frutas, chás e um sorvete orgânico que fazem que é sensacional! Fez um bem pro meu coração que não tem igual! Bom demais juntar tanta coisa boa em um mesmo momento!

E o final de semana estava só começando. Ainda peguei a rabeira do treino de capoeira, cheguei em casa e tinha almoço pronto, comi, lezei (como sempre) e descansei um pouco. Apesar de ter perdido a hora ainda peguei a rabeira da oficina de Tango. Em seguida fui para uma festa organizada pelo Núcleo de Ação Local da Vila Romana, que não podia deixar de ir tanto por ser da subprefeitura e dever marcar presença, quanto por ser vizinha e querer conhecer meus vizinhos, estreitar relações e colaborar no que for possível.


Lá encontrei antigos e futuros parceiros de trabalho e pude contar com a companhia da Maíra - outra parte de mim, de compreensão e identificação profunda, que tenho o maior orgulho, admiração e carinho - com sua mãe e seu irmão. Mas não pude me demorar... (continua)

domingo, 26 de setembro de 2010

CHOVE

Lembram que coloquei a letra de Chove alguns posts abaixo?

Olha isso! (Ficou sensacional!!!:)




Essa interpretação eu não conhecia, mas era exatamente a que cabia - e confesso, às vezes ainda cabe - perfeitamente em mim, tomando conta e revirando tudo por dentro!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Que seja muito bem vinda!


Reuni os amigos no final de semana e isso fez toda a diferença. Voltei a me sentir bem, como há muito não sentia! Não há nada no mundo como os amigos!!! E como eu estava precisando lembrar que existe um mundo lá fora cheio de gente muito especial! :)

Por mais que a gente diga que não se importa, se importa sim - e muito. É péssimo não se sentir bem vindo, assim como é maravilhoso se sentir querido e amado! – certamente é uma das coisas que mais alimenta...

Nada é perfeito, mas estou muito feliz com a casa, o trabalho, amigos e... eu mesma! :)

Como é a semana da entrada da primavera, estamos fazendo arte e está muito gostoso! Plantamos, pintamos e ainda vamos fazer mais coisas, espia só:

E voltando para casa ainda fui surpreendida com o seguinte presente – que não se compara ao original, mas vá lá:

Cada dia mais percebo e reconheço a complexidade e especialidade de cada momento e detalhe da vida! Ela é sensacional demais!

Como canta o Gilberto Gil... "se eu sou algo incompreensível, meu Deus é mais!"

Que venham as flores, seu cheiros, gostos, temperos, sabores, cores!!! :)

sábado, 18 de setembro de 2010

Il Amore

Sou extremamente orgulhosa e sempre quis ser independente. Se me faz, portanto, muito difícil assumir certas coisas. E quando as coisas não saem como a gente quer, tudo o que queremos é que terminem logo.

Minha mãe me ensinou que a paixão dura 18 meses – cientificamente comprovado segundo ela. O que quando ouvi pela primeira vez me pareceu um grande absurdo, com o passar dos anos e das paixões percebi que fazia total sentido.

Já conhecendo o caminho, no último caso, depois de uns 13 meses, já desiludida, contei o que faltava e disse que faria uma festa quando se completassem os 18, já que finalmente me veria livre daquele sentimento que não me deixava.

O que não esperava era que, passados os 18 meses, sentisse algo muito pequeno se apagar e algo muito maior se fortalecer. Não havia mais tanta dor e desespero, mas... descobri que não valera de nada tudo o que aquela pessoa havia feito para me decepcionar, pois se estabelecia, como se estivesse em sua casa, a certeza de que simplesmente amava aquele ser humano.

O que fazemos quando queremos que algo acabe e esse algo, além de estar dentro de você sem que você o queira, se recusa a sair ou acabar? Pois é, o meu amor empacou.

Perguntei ao meu terapeuta se era uma doença e ele me respondeu que não sabia se era uma doença, mas que era certo que estava me deixando doente.

Não sabia que a tristeza baixa a imunidade. Depois de duas semanas semi-doente cheguei à conclusão que precisava algo. Talvez... uma benzedeira?

A verdade é que não sei mais o que fazer. Às vezes me sinto como uma criança que está longe dos pais e precisa o tempo todo ser distraída para não notar a falta e começar a chorar.

Faço mestrado, capoiera, tango, italiano e agora quero trabalhar com massagem, voltar a dar aulas de espanhol, dar oficinas... fico procurando desesperadamente o que me faça bem, o que faça eu me sentir mais viva.

E com tantas coisas boas, me entristeço com minha falta de vontade, com perceber que nada me basta. Apesar de me fazerem bem, não passam de subterfúgios e nenhum deles será capaz de substituir o amor que seria como ter o sol brilhando todos os dias dentro de mim.

Quero simplesmente aceitar que não posso ter tudo. Que amo e isso pode ser suficiente. Que preciso desistir definitivamente. Que posso soltar isso e deixar o rio levar e talvez o mar destruir... Quero aprender a conviver com isso sem que isso me faça mal, sabe?

E como não sei mais o que fazer, trago isso a público, na singela esperança de que dividindo isso venha a diminuir ou quem sabe até se diluir...

:´)

ps: Será que contei errado?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Chuvas

E finda nosso feriado prolongado. Que foi muito bom, mas passou muito rápido - como não?
A semana passada foi pesada com aquele ar seco e um resfriado que não me largava...

Mas o tango tem feito com que meus finais de semana sejam ansiosamente esperados, assim como as horas dançadas muito bem... saboreadas! Ele é o chocolate da semana e sempre deixa aquele gostinho de quero mais. :)

Final de domingo passei muito mal: quase não conseguia enxergar, tive muita dor de cabeça e dor nos olhos além de um pouco de ânsia. Ainda não sei bem ao certo o que tive, mas pode ter sido um alteração na pressão do olhos (coisa que nem sabia que existia até participar de uma campanha contra o glaucoma o ano passsado)...

Sei que por conta disso acabei descansando mais do que pretendia e, por conseguinte, fazendo menos do que havia programado. Mas tudo bem. Foi por uma justa causa. As postagens e e-mails pendentes ficarão, mais uma vez, para um outro momento. Mas chegaremos lá! ;)

Fiquei feliz que consegui dar uma outra cara para minha sala, e agora sinto uma satisfação imensa cada vez que olho para ela e a vejo assim tão linda! :)

Também tenho ficado satisfeita com o simples fato de ver as coisas, e até tenho a impressão de estar enxergando melhor! Acho que por conta do susto de domingo, tenho reparado mais nas coisas, cores, contornos... como é bom poder enxergar bem! Parece tão simples, mas é tão complexo - e quase não nos damos conta!

Outra felicidade trazida por outro fator que parece simples: a chuva! Como fiquei feliz de ver a chuva!!! Levantei, abri a janela e percebi que ainda não tinha visto a chuva naquela casa. Que delícia fechar os olhos e sentir seu cheiro, seu ar, seu barulho... e o alívio que dá!

Hoje vim para a casa do meu pai, fazia tanto tempo que não vinha... tão bom sentar na mesa e conversar um pouco, ouvir o meu irmão ensaiando, cumprimentar os que entram e saem... estava precisando de uma dose disto aqui!

E falando em música e chuva, encontrei algo aqui que encaixou tão perfeitamente dentro de mim! Queria pudessem ouvir a música, mas como ainda não está gravada... vai só a letra por enquanto:

Chove (Gunnar Vargas)
Chove dentro de mim
Cobre todo jardim
Flores e um bem te vi

Ri da tua ausência
Ri dessa esperança
Ri dessa criança
Que espera acordada a chegada de ti

Se eu pudesse eu deixava a lembrança apagar por inteiro
Seu cheiro eu trocava por outro tempero
Suas roupas rasgava, pintava em vermelho
O tapete branco que você deixou
Negava o tanto que você quebrou
Queimava o livro que você parou

Corre longe daqui
Lendas feitas por ti
De que chegou ao fim
Li nas suas cartas
Vi nas suas costas
Marcas de outras unhas
Que sem piedade te arrancaram de mim

...