quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Um pouquinho mais de Sevilha


Incrível como essa cidade têm coisas para ver! E como é linda!

No dia 13 de janeiro minha prima me levou ao centro de Sevilha. O primeiro lugar que fomos ver foi La Plaza España.


Ela é imensa e tem um espaço com banquinho para cada provincia, com desenhos e mapas.


Tudo em cerâmica... e tudo muito bonito!

Coisas típicas para turístas...


Pela ponte, pela ponte... que sonho!


De lá fomos para o museo arqueológico...



...onde uma turma de crianças conhecia as histórias dos Deuses de forma bem interessante...


as asinhas dos pés de mercúrio!!!


Essa foi a escultura que mais gostei! :)

O Criador mandou bem, não?

Depois fomos a um parque bem bonito... (ou o museo ficava dentro do parque?)

Que por sinal, é bem grande para estar no centro.



No meio do parque, embaixo de uma árvore...

Uma homenagem a um poeta!


Minha prima e eu passeamos pelo centro hitórico e depois fomos comer "tapas" em um café irlandês!

À noite fomos a um restaurante comemorar o aniversário da minha tia.

Carne com batatas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Caminhada Cultural pela América Latina

Este texto escrevi para o site da revista viração www.revistaviracao.org.br, mas é claro que não deixarei de publicar aqui também:

Donde Miras?



O que você pensaria se um amigo te dissesse que gostaria de viajar pela América Latina caminhando e levando arte aos lugares por onde passasse? No mínimo que, “sonhar não paga”, não?

O livro lançado o ano passado (com o apoio do VAI) dos poetas Binho e Serginho começa com um poema de Peu Pereira (artista plástico, músico e diretor do documentário Panorama – Arte na Periferia) intitulado Três poetas e um caminho, o qual ilustra esse sonho de caminhar, conhecer e fazer arte. Achei bonito, mas parecia algo muito distante... Não levei em consideração que, para essa galera, sonho é coisa séria.

Os três viraram quase 30! E no dia 05 de janeiro de 2008, a Expedición Donde Miras - Caminhada Cultural pela América Latina - saiu, em sua primeira etapa, da periferia sul de São Paulo (onde vive a maioria) rumo a Curitiba. No dia 03 de fevereiro chegaram a seu destino.


Os artistas caminhavam cerca de 30 km por dia, e à noite acampavam ou se alojavam e realizavam exibições de filmes e saraus. Não tinham patrocínio, mas contaram com o apoio da maioria das prefeituras. Também vendiam livros e camisetas para ajudar nos gastos gerais, como a gasolina do carro de apoio que levava as bagagens.


O produtor cultural Gil Marçal explica: “Esta é a primeira etapa da caminhada que tem por destino o Chile, passando por Uruguai, Paraguai e Argentina. O objetivo é refletir o espírito latino americano, ainda tão pouco reconhecido por nós brasileiros, mas que ainda assim nos conecta aos demais povos deste continente.”


Encontrei nossos caminhantes já em Curitiba. Reparei que tinham um brilho nos olhos único. Brilho de satisfação pela realização de um sonho, e também de transformação. Transformados pelo desafio do convívio, pela experiência, por cada lugar e cada olhar cruzado, e nem por isso abandonado. Pelo contrário: muitos, certamente, seguirão com o caminhante, que voltou cheio de vida e verdadeiramente rico.


Foi emocionante não só participar do último sarau, mas também, ouvir os relatos de quando tiveram que praticamente enfrentar os caminhões no acostamento embaixo de uma tremenda tempestade, da diferença que sentiram no tratamento ao cruzar a fronteira com o Paraná, da experiência com as crianças, com os quilombos, com os ciganos...

Fiquei morrendo de vontade de ter participado, mas esta primeira etapa... acabou. Agora é sonhar com a segunda etapa até o Chile (é muito mais chão!). Mas desta primeira, ainda podemos olhar o blog (http://expediciondondemiras.blogspot.com/), ver as fotos da Kátia Portes e, daqui a um tempo, até assistir o documentário que o pessoal do Produções Arte na Periferia está preparando. E para quem não troca uma contação de história por nada do mundo, aparecendo no Sarau do Binho, (ou mesmo na Cooperifa ou na Trópis), com certeza não será difícil encontrar um voluntário apaixonado!


Mas atenção: “Donde Miras” não é uma simples afirmação, é também, e principalmente, uma pergunta:. Para onde estamos olhando? Quais são as nossas metas?


Fechados em nosso mundinho, enxergando um raio de 5 metros e vivendo em um raio de 5 km, não nos damos conta da imensidão de nosso continente, não só em território, mas especialmente, em cultura, em sede de vida. Caminhando, refletimos; fazendo arte, convidamos as pessoas a refletirem. Afinal de contas, será que a vida precisa ser assim mesmo?


Dentre tanta bagunça e confusão, algo que vejo hoje me dá gosto de verdade: vejo a nossa periferia TRANSFORMANDO – com muita arte e muita competência!



OBS: O Sarau do Binho acontece toda segunda na Av. Avelino Lemos Jr. nº 60, (ao lado da faculdade Uniban) no Campo Limpo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A vida voltando a sua anormalidade rotineira...


Não é bom tirar tanto tempo de férias, depois é mais difícil se readaptar! Por mais absurdo que pareça, já estava com saudades da nossa loucura diária, de estar sempre correndo e não ter tempo pra nada! Ter tempo para pensar também pode ser muito perigoso...

Vou reproduzir o e-mail que enviei na sexta passada para boa parte de meus amigos, e talvez até alguns inimigos - se é que eles existem. :) ...Assim dá pra entender um pouquinho melhor, espero.

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Amigos,
Depois de passar 40 dias na Espanha, estou de volta à cidade do trabalho, procurando trabalho.

Ontem na Prefeitura, a nova coordenadora me fez a proposta indecente de voltar para a área administrativa (animada!) ou... RUA. Pelo visto, infelizmente, meio ambiente e desenvolvimento de pessoal são coisas bem distantes das prioridades. Minha vontade é pedir exoneração, mas... é claro que não posso esquecer que o aluguel e a faculdade dependem de um salário.

Bom, de qualquer forma, o ano passado já estava pensando em sair, o que me segurava era uma certa esperança de que as coisas melhorassem e o fato de gostar muito do meu trabalho, mas... meu ex-coordenador tem razão: "se estiver ruim, não reclame, sempre pode ficar pior."

Enfim, não vou ficar me lamentando, pois como dizem os espanhóis: "no hay mal que por bien no venga". Estou enviando o meu currículo anexo, caso alguém saiba de algo em que possa me enquadrar. Também envio uma proposta de oficinas na área ambiental, que foi no que terminei me especializando aqui.

Aproveito para informar que, dependendo do horário, ainda posso pegar alguns alunos de espanhol particular. Estou cobrando R$ 40,00 a hora (negociáveis), e para quem esse valor possa parecer absurdo... estou assumindo dois grupos (de no máximo 6 pessoas) com duas horas semanais no CCPC (Centro Cultural Popular da Consolação - http://www.ccpc.org.br/) por R$ 60,00 mensais, às segundas e quartas das 7h40 às 8h40 ou aos sábados das 9h às 11h.

Quem sabe com outras coisas uma hora não posso chutar o balde, pelo menos nesta Secretaria?... :)
Ah! Quem quiser saber sobre a viajem, está quase tudo registrado no meu blog: http://anaestrella.blogspot.com/

Acho que é isso. Desculpem o desabafo (e a propaganda)! Amigos também são pra essas coisas, né?
Apesar da correria dessa cidade, também estou a disposição para tomar um café ou uma cerveja de vez em quando!

Beijos e abraços,
Ana Estrella Vargas
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Voltar para a área administrativa não é o fim do mundo, mas, me animar para isso não é nada fácil! Gosto de lidar com pessoas, de sentir que meu trabalho de alguma forma, colabora para com o mundo. Paciência é o que vou precisar até conseguir outro trabalho que me dê um pouquinho mais de satisfação, mas eu vou conseguir.

(Que esse otimismo não me deixe!)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Sarau "Donde Miras?" em Curitiba

Depois de caminhar 550km de São Paulo a Curitiba durante um mês, a Expedición Donde Miras chegou a Curitiba, e eu, que estava visitando a minha vó, é claro que fuji e me juntei ao acampamento e a bagunça!

Na segunda à noite, assim como foi feito nas 18 cidades que passaram antes para chegar lá, formos exibir o filme "Panorama - Arte na Periferia" (ou outro) e fazer o sarau...

Só não esperavamos que a Guarda Civil não permitisse!
A exibição não rolou mesmo, mas o Sarau não tinham como impedir! Depois de muita negociação, autorizaram abrir o microfone. E claro... foram massacrados pelos poemas!

O Sarau foi emocionante, os moradores de rua, mesmo pra lá de bêbados, participaram intensamente. No final, tinha até um guarda civil, (que com certeza não sabia do rolo inicial), assistindo com um brilho nos olhos, com uma admiração e satisfação, que dava gosto de ver! Tirou fotos, comprou o livro do Serginho e do Binho, pediu para autografarem e até recitou um poema!!! - Só nos prova que não dá pra generalizar mesmo.

O Gunnar tocou uns três sambas que animaram todo mundo! Dentre eles, o hits da caminhada, de autoria dele, ou de um tal de Serginho Cachaça, que todos desconfiam ser o lado carioca dele mesmo: "pois é amor / acabou o café amor / faltou o feijão amor / e o pão de ontem / tá osso duro de roer amor!"

Pra finalizar fizemos uma roda IMENSA, quase do tamanho do largo da ordem, onde acontecia o sarau. Enquanto rodavamos em silÊncio, o Peu tocava sua gaita, de forma única. Arrepiante. Emocionante. Tanto que não aguentamos e começamos a gritar e gritar e gritar: "DONDE MIRAAAAS????" "DONDE MIRAAAS???" Até que a roda se fechou num super-mega-abraço!

Foi muito, muito, muito, muito, muito bom!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Donde Miras

Falando em saudade do meu povo... estou super anciosa porque hoje finalmente vamos nos encontrar. Ainda não nos encontramos porque estão em la "Expedición Donde Miras - Caminhada Cultural pela América Latina". Saíram de São Paulo dia 05 de janeiro e acabam de chegar a Curitiba, onde por sorte ou acaso do destino, estou!



Passaram por um monte de pequenas cidades onde, durante a noite, acampavam e faziam saraus. Tinha a intenção de me juntar a eles no final, mas como perdi o vôo e cheguei meio mal, acabei perdendo essa oportunidade. Deve ter sido uma experiência magnífica, queria muito ter participado... mas com o pouco tempo que temos livre, não dá pra fazer tudo. Fazer o quê? Espero poder participar da próxima. Desta dá pra ouvir as histórias e acesar o blog:






A idéia é fazer uma caminhada, ou várias, pela América LATINA mesmo. Bom, Gil Marçal sabe explicar melhor:



"A expedição promoveu intercâmbio cultural com artístas e com as populações por onde passou. Destaque especial para os Quilombos de Ivaporunduva e André Lópes que carregam grande carga simbólica pela resistência do povo afro-brasileiro.



Os artístas caminham cerca de 30 km por dia e recebem apoio das prefeituras com alojamento e alimentação pois a expedição não tem patrocínio. A previsão de chegada a Curitiba é no dia 03 de fevereiro.



Esta é a primeira etapa da caminhada que tem destino ao Chile (passando por Uruguai, Paraguai e Argentina). O objetivo é refletir o espírito Latino Americano, ainda não reconhecido por nós brasileiros, mas que nos conecta a diversos povos deste continente.



Donde Miras?"





Esse é o meu povo. Doido mesmo! Que com sua arte... nos traz sabor, nos traz cor. Que faz brilhar os olhos, fortalece a esperança. Que inunda de um gosto especial em viver, apesar de tudo.

Esse é o meu povo. Que eu amo mesmo! Que com sua arte... nos alimenta a alma!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

La Ciudad Viva *09, 10 y 11*

A vida seria bem mais fácil se tudo pudesse ser catalogado em bom ou mau. Mas as coisas não são assim e, a mesma notícia que pode deixar uma pessoa muito feliz, pode deixar outra muito triste. Não por mal, não há para quem torcer, simplesmente temos sonhos e expectativas diferentes, que muitas vezes não são compatíveis. A melhor opção é aceitar, porque não há outra. Mas aceitar, pode ser de veras difícil.

As boas notícias que me chegaram do Brasil na noite de 09 de janeiro, eram tão inesperadas, que não sabia o que dizer, por isso, não disse nada.

O que posso dizer é que me tiraram o sono. Quando conseguia dormir, sonhava com o que queria esquecer, e quando acordava, pensava que havia sido apenas um sonho. Percebia logo que era real e passava de novo como um filme todas minhas recordações e ilusões... de novo e de novo.... até pegar no sono... e em seguida acordar de novo.

Pelo menos acordar para levantar cedo (pela primeira vez nas férias), não foi difícil. Tinha uma conferência para ir - em boa hora: nada como distrair a mente, quando esta não é capaz de obedecer mais. As 8h15 já estava, num puta frio, esperando meu primo que se ofereceu para me levar - e que demorou bastante para chegar. A essa hora ainda está meio escuro.




Fiz minha inscrição pela internet para a Conferência Internacional La Ciudad Viva pagando 10 euros como estudante. Valeu a pena, eram dois dias inteiros, forneciam almoço e cofee break (a gente fica feliz com tão pouco :), mas eu estava com o estomago destruído e não aproveitei tanto quanto gostaria...

Era organizada pela Red de Ciudades Sostenibles de Cádiz. Talvez por isso achei que tivesse mais haver com meio ambiente. Não sei se o conceito de sustentábilidade deles é diferente do nosso ou se a falta do tema foi uma falha da organização, de qualquer forma, a cidade viva, também não deixa de ser minha área e achei muito legal!


Foi em um hotel bonito e me surpreendi ao entrar no salão e ver que as fileiras de cadeiras tinham mesa com material, copo e garrafa de água. Também reparei como rapidamente as pessoas se juntavam e acomodavam na hora do intervalo para o café, que só terminava se alguém da organização passasse de um grupo em grupo avisando que precisavam descer. Fiz amizade com os dois que estão ao fundo da foto mal tirada acima.



Como na maioria dos seminários, congressos e conferências algumas apresentações foram péssimas e outras muito boas. Uma em especial me pareceu excelente: a do filósofo Jesús Martín Barbeiro, o segundo da foto acima.

Ele começou dizendo que citaria muito o geógrafo brasileiro Milton Santos, a quem fez muitos elogios, mas de início citou um antropólogo catalão:

"Sem raízes não se pode viver, com muitas, não se pode caminhar."

Disse que contaria sobre um milagre em Bogotá. Relatou como era a cidade em 1990: as pessoas andavam fechadas, como se estivessem em um tubo, pois a cidade era suja, molhada, perigosa, horrível. Considera um absurdo que a Colômbia tenha que gastar tanto pela proibição de algo que os EUA e a Europa toda consomem.

O milagre se deu, segundo ele, quando um prefeito que conseguiu se eleger sem partido percebeu que não podia governar só com a ajuda de arquitetos e especialistas, precisava da ajuda da população, mas, para isso, era necessário tirá-la do tubo. Para que as pessoas levantassem a cabeça e olhassem a sua volta, colocou 400 palhaços nas ruas.

Esse foi só o começo, não vou relatar tudo, mas quero dar destaque ao que mais me chamou atenção: "Construiu uma política cultural que mobilizava a memória, a esperança e os sonhos das pessoas." Os artistas tiveram a oportunidade de mudar a cidade junto com o prefeito, iam aos bairros e tiveram um papel estratégico.

Esse prefeito conseguiu iniciar um forte processo de transformação na cidade e melhorou muitas coisas durante seus dois mandatos. Os prefeitos eleitos posteriormente continuaram investindo em políticas públicas para diminuir a miséria e para manter Bogotá uma cidade viva.



O melhor de tudo era a forma como o filósofo narrava, era fantástico. Ele praticamente me levou a Bogotá. Foi emocionante; e para terminar de me emocionar, resolveu falar sobre os imigrantes.

Disse que ficava muito triste de ouvir sua irmã dizendo: "Qué barbaridad esa cantidad de inmigrantes, que barbaridad!"

Meus olhos se encheram de lágrimas quando afirmou com força e convicção que a Espanha passou 5 séculos exportando imigrantes e que agora que pela primeira vez estava recebendo, se queixava. "Não é porque não nasceram aqui que não são daqui."

Também destacou o grande desafio que é não fazer descriminação nenhuma, pois a discriminação positiva, pode gerar um outro tipo de discriminação. Falou sobre a necessidade de outorgar cidadania aos imigrantes e concluiu indignado: "Não é possível que continuemos brigando por uma fronteira no lugar de nos colocarmos a trabalhar juntos!"

Jesús Martín Barbeiro fechou sua fala citando meu querido e adorado Walter Benjamin:

"La esperanza se nos dá por los desesperados."

Depois durante o debate me inscrevi e contei que havia ficado emocionada com a fala do filósofo, pois um dia meus antepassados foram para a América Latina e agora, não sentia que minhas irmãs eram bem-vindas na Espanha. Tenho certeza que causei um grande incômodo.

Durante a noite ainda aconteciam entrevistas ao vivo, no primeiro dia foi com uma escritora e um músico, no segundo, com um poeta e um psiquiatra. No último dia também teve coquetel, conheci mais algumas pessoas e troquei alguns contatos.

Gostei muito quando a escritora Almudena Grandes afirmou que a Espanha "É um país que sofreu muito, que foi muito pobre e essa memória precisa ser resgatada, precisamos recuperar nossas raízes. Essa memória de novos ricos é artificial."

Mas quem realmente me ganhou foi o músico Miguel Rios que afirmou que o que nos vai salvar é o conhecimento do caos. "Temos que aprender que este é um planeta finito e temos que construir um mundo onde nada possa ser excluído. É necessário haver uma redistribuição, porque a forma como vivemos é insustentável."

Disse que era hippie e que acreditava que isso que dizia ser necessário ia acontecer antes. Também afirmou que: "Nos custa muito ser felizes porque teríamos que viver com "tapa-olhos" para não ver o que está acontecendo."



Voltando à Sevilha... *07, 08 y 09*


Como quando fiquei em Barcelona, nao escrevi, acumulou tudo! Mas vou tentar retomar de onde parei.

Quando voltei à Sevilha, depois de tanto correr de um lado para o outro em Barcelona, tudo que queria era ficar em casa, em paz. Descobri uma rádio alternativa muito boa, chamada Rádio Três, que inclusive é pública. E aluguei 2 filmes.

O primeiro, sei que é um absurdo que ainda não tivesse visto, mas não foi por falta de vontade: Diário de Motocicleta. Se alguém ainda não assistiu, precisa assistir. É impressionante como o filme consegue, com um olhar, explicar tanto das opções de vida do Chê.

O segundo, Havanna Blues, também é muito bom. É sobre um grupo de música de Cuba que tem a oportunidade de ser contratado por uma gravadora de fora, e com isso vem o conflito de ter que fazer arte para vender e ter que se submeter às vontades da gravadora. Mas o filme vai muito mais além. A trilha é fantástica! Meu irmão que tinha indicado, e entendi muito bem por que gostou tanto. A situação toda deles lembrava muito a dele, dos artistas da periferia sul de São Paulo, tentando fazer arte sem se vender e precisando de grana, porque os pequenos precisam comer. Deu uma saudade do meu povo!

No terceiro dia, precisava urgentemente sair de casa. Decidi ir a Sevilha (lembrando que estava em Valencina, e que Sevilha é o nome do Estado e da Capital) e justo esse dia, meu primo, que pensei que nem lembrava que eu existia, apareceu para me apresentar um pouco mais da cidade.

Foi muito legal! Ele ia me mostrando os lugares e contando suas histórias. Seria um excelente guia turistico.








Não é difícil perceber que me apaixonei por esse lugar, né? Era aí que muitos artístas expunham suas obras.
Achei de uma simplicidade e beleza, emocionante.

As modernas carroças que por uma boa quantia de euros levam os turistas a passear.


Este é o lugar em que ficam os documentos das embarcações, onde está registrado tudo que saia e entrava. É onde os caça-tesouros vem investigar em que lugar naufragaram navios carregados de ouro. Deu vontade de conferir quantas toneladas roubaram da América Latina.


Este é um detalhe da catedral que agora estão limpando, porque a poluição dos carros que antes passavam ali, a deixou quase preta!

Esse é o muro de um palácio... que não lembro o nome.

Uma rua qualquer do centro, no bairro de Santa Cruz. Bom, normalmente elas não são tão largas, têm a largura necessária para passar um burrico com sua carga.

É tudo muito bonito!



Esse é o cartão postal da cidade:
La Giralda. Faz parte da catedral, lá tem um mirante, mas é preciso pagar 14 euros! Não fiz questã de ir. O que achei legal é que foi construida pelos árabes esó a ponta foi feita pelos católicos.


(Finalmente! Essa foi a publicação que perdi em Madrid, e estava há uns dias já tentando subir as fotos e não conseguia.)